Ensino Servidores técnico-administrativos da UFPE e da UFRPE querem fim de greve que ultrapassa 100 dias Em assembleias, nessa terça e quarta, a categoria se mostrou favorável a aceitar a proposta de reajuste dividida em dois anos oferecida pelo governo

Por: Adaíra Sene

Publicado em: 23/09/2015 16:14 Atualizado em: 23/09/2015 16:20

Em assembleia, os servidores técnico-administrativos da UFPE acataram a proposta de reajuste dividido em dois anos. Foto: Sintufepe UFPE/Divulgação
Em assembleia, os servidores técnico-administrativos da UFPE acataram a proposta de reajuste dividido em dois anos. Foto: Sintufepe UFPE/Divulgação

Após mais de 100 dias de greve, os técnico-administrativos da Universidade Federal de Pernambuco e da Universidade Federal Rural de Pernambuco sinalizaram a favor do fim da paralisação. Através de assembleias realizadas nessa terça e quarta, os profissionais decidiram acatar a proposta de reajuste do governo de 10,8% dividido em dois anos - sendo 5,5% em agosto de 2016 e 5% + 3,9% no step, em janeiro de 2017.

O fim do movimento paredista, no entanto, ainda depende da deliberação das assembleias de base dos outros estados. Somente os técnico-administrativos de Roraima não aderiram à paralisação. A reunião do Comando Nacional de Greve para decidir a continuidade ou término do movimento está marcada para a próxima terça-feira. A data do retorno às atividades só será definida quando o governo oficializar o acordo junto à Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra). Em Pernambuco, a greve dos trabalhadores foi deflagrada em 28 de maio.

Através de assessoria de imprensa, o Sindicato dos Trabalhadores das Universidade Federais de Pernambuco informou que o aval foi positivo, mas, se nacionalmente optarem pela continuidade do movimento, os técnicos da UFPE vão continuar paralisados. Em plenária, na manhã desta quarta, os funcionários da UFRPE ainda registraram 10 votos contrários e quatro abstenções. "O reajuste ainda é considerado rebaixado, mas a categoria enxerga que a atual conjuntura é muito difícil para a continuidade da luta e requer uma mudança de estratégia para a construção de uma mobilização mais forte para os próximos embates. Até agora, 23 instituições aprovaram a proposta e seis não aprovaram", informou o Sintufepe UFRPE em comunicado aos profissionais através do Facebook.

Comando Nacional de Greve
Até sexta-feira, os sindicatos estaduais deverão fazer assembleias de base para decidir se acatam ou não a proposta do governo. Nesta quinta, o Comando Nacional terá uma nova reunião com a Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

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