Diario Urbano Insegurança, falta de verbas, ambulantes e quebras frequentes no metrô

Por: Jailson da Paz

Publicado em: 01/09/2015 11:52 Atualizado em:

A menina que vi ontem agarrada à avó dentro do ônibus da linha TI Tancredo Neves/Avenida Conde da Boa Vista, em frente à Estação Largo da Paz, sintetiza perfeitamente o metrô do Recife hoje. A garota, com 5 ou 6 anos, tinha os olhos fixos além do coletivo. Estava amedrontada, enquanto a avó repetia que a família errou ao “pegar o trem”, assumindo inconscientemente a culpa de ter optado pelo metrô. Era a tentativa de silenciar o som dos disparos que resultaram na morte de dois assaltantes e de apagar a correria da tarde de ontem da memória da neta. Em vão. A avó não podia, como o metrô não pode mais esconder o redemoinho de assaltos, de ambulantes e de quebras frequentes dos trens onde está metido. Melhor dizendo, onde puseram o metrô. Esse modal dispunha de elementos para ser bem-sucedido: a demanda de passageiros e a frota aumentaram consideravelmente e compõe um sistema de integração elogiado país afora. Diante de pontos favoráveis, os sinais de fracasso causam estranhamento. Eles são inaceitáveis pelo papel estratégico do modal para a mobilidade da região. Tanto quanto inadmissível, o estado deixar de repassar ao metrô R$ 32 milhões oriundos do Cartão VEM em três anos. É um valor bastante alto para um metrô que pena por recursos federais e para quem pede, como a avó e a neta, reforço na segurança.

 

De tudo
A calçada estreita em frente à Praça Oswaldo Cruz, na Soledade, recebe de tudo um pouco. Nada é novo. Pedreiros e pintores despejam cadeiras, vassouras, lixeiras e botijões de água no lugar. São objetos de casas velhas.

Apito da volta

Motorista é corajoso para fechar cruzamentos, mas desde que não ouça um apito. No meio da tarde de ontem, na Avenida Agamenon Magalhães, dois avançaram a faixa de pedestre mesmo com o tráfego parado à frente. Bastou o assovio de um guarda e deram ré, acompanhados de um “foi mal”.

Banco de minutos…

Pacientes com consultas e exames marcados em hospitais e clínicas da Ilha do Leite vão sugerir às empresas de estacionamento que criem um banco de minutos. Em média, paga-se por hora excedente R$ 2,00 valor cobrado por qualquer fração de hora.

… Menos da metade

Por 3 horas e 22 minutos, paciente desembolsou R$ 13,00 no último sábado. R$ 7,00 corresponderam  à  primeira hora e R$ 6,00 ao restante. Isso levou a paciente a pedir um desconto pelos 38 minutos cobrados e não utilizados. Ouviu um “não pode, senhora”. 

Falta água…

Nem as chuvas aliviaram a situação dos moradores da Rua Estudante Cláudio Uchôa Cavalcanti Filho, em Rio Doce, Olinda. Duas semanas de reclamações à Compesa se passaram e as torneiras continuam sem um pingo d’ água. Os reservatórios domésticos estão no limite.

…Sobra reclamação

As queixas são feitas por vários meios. Uns telefonam para a companhia e juntam protocolos. Dizem que a soma dos algarismos dos protocolos encheria, se correspondesse a litros d’água, os reservatórios da rua. Outros falam com técnicos que circulam no bairro. E a água não chega. 



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