Ocupe Estelita Movimento organiza protestos contra aprovação de projeto sobre o Cais José Estelita

Publicado em: 05/05/2015 07:30 Atualizado em: 05/05/2015 08:02

Numa votação polêmica, que não estava na ordem do dia para que todos os parlamentares tivessem conhecimento, o presidente da Câmara de Vereadores, Vicente André Gomes (PSB), colocou em pauta e conseguiu a aprovação da medida.Foto: Reprodução/ Facebook/ Movimento Ocupe Estelita
Numa votação polêmica, que não estava na ordem do dia para que todos os parlamentares tivessem conhecimento, o presidente da Câmara de Vereadores, Vicente André Gomes (PSB), colocou em pauta e conseguiu a aprovação da medida.Foto: Reprodução/ Facebook/ Movimento Ocupe Estelita
Integrantes do Movimento Ocupe Estelita organizam, para esta terça-feira, uma manifestação contra a aprovação do Projeto de Lei 08/2015, que trata do Plano Específico do Cais José Estelita, Santa Rita e Cabanga. O projeto foi sancionado à distância pelo prefeito Geraldo Julio, em São Paulo. A concentração está marcada para as 16h no Parque Treze de Maio, em frente à Câmara Municipal do Recife. O ato cobra o cumprimento da recomendação do Ministério Público, que ajuizou uma ação para que o o plano específico volte a ser debatido no Conselho da Cidade e a formação de uma mesa de negociação entre movimento, Câmara, Ministério Público e Prefeitura. para anulação da votação e sanção do projeto de lei.


Numa votação polêmica, que não estava na ordem do dia para que todos os parlamentares tivessem conhecimento, o presidente da Câmara de Vereadores, Vicente André Gomes (PSB), colocou em pauta e conseguiu a aprovação da medida. Apesar dos protestos dos poucos manifestantes que conseguiram entrar na Câmara e ficar nas galerias, o projeto foi aprovado em sessão extra pauta por 22 votos, na primeira discussão, e 23 na segunda. Era necessário apoio de 20 vereadores. A oposição se retirou por não concordar com a celeridade e questionar a proposta.
O presidente da Casa colocou o projeto em votação à tarde, contrariando ofício encaminhado de manhã pelo Ministério Público à Câmara, que informava sobre uma ação civil pública e pedia devolução do projeto ao Conselho da Cidade para discussão.

A proibição de acesso às galerias irritou os manifestantes. Houve confusão e por diversas vezes Vicente André Gomes e os vereadores Carlos Gueiros (PDT) e Marco Menezes (PMDB) foram chamados de ditadores. Esse último defendeu a retirada dos manifestantes. Um deles foi preso após um desentendimento com uma servidora.

A oposição tentou adiar por 24 horas a votação, sem sucesso. Depois de pedir o adiamento da votação, a vereadora Isabella de Roldão (PDT) teve a palavra negada pelo presidente. Só pôde falar quando se inscreveu para discursar na tribuna. “Por muito pouco não estamos vivendo 64. Vocês viram a forma arbitrária que o presidente está conduzindo”, protestou.

O vereador André Régis (PSDB) fez questão de dizer que não votaria, sob o argumento de que sequer sabia a situação de suas emendas. Após a votação, integrantes dos movimentos sociais Direitos Urbanos e Ocupe Estelita decidiram protestar e acampar no estacionamento da Câmara como forma de pressão. O Batalhão de Choque da PM foi acionado, mas não precisou intervir.



MAIS NOTÍCIAS DO CANAL