Publicado em: 12/05/2015 11:20 Atualizado em: 12/05/2015 15:05
O Instituto de Criminalística (IC) realiza na manhã desta terça-feira a perícia no ônibus envolvido no acidente que matou a universitária Camila Mirele Pires da Silva, de 18 anos. Os trabalhos estão sendo realizados na garagem da Empresa Metropolitana, onde o veículo está isolado, no Barro, Recife.
O caso está sendo investigado pelo delegado Nilson Mota, da Delegacia de Delitos de Trânsito. Também nesta terça-feira, ele colhe os depoimentos do pai da vítima e de testemunhas. Para a próxima sexta-feira foram marcadas as ouvidas do motorista e do cobrador do coletivo, que o delegado destacou como fundamentais à investigação, assim como os das pessoas que estavam com Camila na hora da queda.
“O primeiro grande passo é saber a forma como o acidente ocorreu. Com base nisso, vamos poder imputar responsabilidade à pessoa que o causou”, observou Mota. O delegado comentou que se necessário também vai ouvir alguém da empresa Metropolitana. Além da perícia, ele também solicitou imagens internas do coletivo. Segundo Mota, o inquérito foi instaurado ontem e tem prazo de 30 dias para ser concluído.
No domingo, a família de Camila anunciou que vai acionar a Metropolitana na Justiça. Ontem, a empresa se pronunciou oficialmente pela primeira vez desde o acidente. Em nota, disse que “lamenta profundamente o ocorrido com a usuária” e que “está à disposição para apoiar a família”.
A empresa acrescentou que continuará contribuindo para o esclarecimento dos fatos junto às autoridades competentes e que seus funcionários em nenhum momento se evadiram do local do acidente.
O Grande Recife também enviou uma nota, na qual afirma que “está acompanhando de perto as investigações e se pronunciará a partir dos resultados dos órgãos competentes”. O órgão acrescentou que o ônibus envolvido no caso é novo, ano 2015, está com a vistoria em dia e com todos os itens de segurança dentro das normas legais.
Acidente - O acidente aconteceu por volta das 18h30 da sexta-feira passada, na BR-101 Sul, na Cidade Universitária, nas imediações da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde Camilla cursava o 3º período de biomedicina.
A vítima seguia em um coletivo que fazia a linha Barro/Macaxeira, quando a porta do ônibus se abriu, arremessando a jovem para fora do veículo. Um outro ônibus, que passava pela rodovia atropelou a estudante. Segundo informações colhidas no HGV, o acidente aconteceu pouco depois da estudante embarcar, quando a porta dianteira abriu nas imediações da Casa do Estudante da UFPE. Socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que prestaram o primeiro atendimento teriam declarado que, com base nos ferimentos, além da queda a estudante possivelmente teria sofrido um atropelamento.
