Delitos de trânsito
Família de estudante que morreu ao cair de ônibus diz que vai processar empresa Metropolitana
As investigações sobre morte de Camila Mirele começam nesta segunda
Publicado em: 10/05/2015 20:04 Atualizado em: 10/05/2015 21:52
Estudante seguia para casa após a aula quando caiu do ônibus em movimento. Fotos: Camila Mirele/Facebook/Reprodução |
As investigações sobre a morte da estudante de biomedicina Camila Mirele Pires da Silva, de 18 anos, ao cair de um ônibus em movimento serão iniciadas nesta segunda-feira pela Delegacia de Delitos de Trânsito. O acidente aconteceu por volta das 18h30, nas proximidades da Casa do Estudante, na Cidade Universitária, na última sexta. Camila estava apoiada na porta quando ela abriu e acabou sendo arremessada para fora do ônibus. Indignados, familiares já adiantaram que vão processar a empresa Metropolitana. Nesta segunda, estudantes da Universidade Federal de Pernambuco prometem parar a BR-101 em ato de protesto a partir das 16h.
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Apesar da incerteza sobre o atropelamento, familiares da vítima já pensam em acionar a Justiça. "Não sabemos se ela morreu da queda ou de um atropelamento, mas a questão é que a porta abriu e ela caiu. O veículo estava tão cheio que ela sequer tinha onde se segurar. Para a porta do ônibus abrir, alguém tem que puxar a alavanca. E ela fica ao lado do motorista. Não é forçando que a porta abre, ela é automática. Não queremos nada além de Justiça", desabafou Maxwell Henrique Gomes dos Santos, 26, primo de Camila Mirele.
A família adiantou que vai esperar passar a Missa de Sétimo Dia para iniciar o processo. "Minha tia está em choque. Ela não fala, não está comendo, está sem chão. Foi uma perda irreparável. A gente espera que o inquérito seja aberto e haja uma investigação bem aprofundada. Queremos que a Justiça seja feita e o verdadeiro culpado seja julgado ou a falha seja reparada", esclareceu o primo. "Ela só queria voltar para casa, e a gente está esperando ela voltar até agora, mas ela não vem nunca mais", desabafou.
As investigações sobre o caso serão coordenadas pelo delegado Newton Motta.
Relembre o caso
No Facebook, familiares e amigos trocaram o avatar e a foto de capa em luto pela morte da estudante. Foto: Facebook/Reprodução |
O acidente com Camila Mirele Pires da Silva aconteceu por volta das 18h35, uma parada após o embarque da jovem no ônibus Barro/Macaxeira, da Empresa Metropolitana. "A gente estava esperando o ônibus e ele veio muito lotado, como sempre vem nesse horário. Eu subi com meus amigos e ela veio por último. Entramos pela porta do meio porque estava realmente bem cheio, não era dos (veículos) articulados", contou Barbara Lima. De acordo com a testemunha, a bolsa de Camila teria ficado presa na porta e por isso a estudante acabou seguindo viagem encostada na porta. "O motorista não quis parar na parada seguinte, que é a da Casa do Estudante, porque estava muito cheio. Ele foi um pouquinho mais adiante e abriu a porta ainda com o ônibus em movimento. Foi nessa hora que ouvimos um barulho. Ela já tinha caído", detalhou.
Questionada pela equipe de reportagem, a empresa de ônibus Metropolita informou que só irá se pronunciar após a conclusão da perícia.
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