Adolescentes Polícias civil e científica investigam rebelião na Funase de Caruaru Dois internos foram mortos carbonizados

Publicado em: 20/04/2015 07:38 Atualizado em: 20/04/2015 08:09

A Polícia Civil e Polícia Científica investigam uma rebelião registrada no início da noite do domingo no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Caruaru, da Fundação de Atendimento Socioeducativo de Pernambuco (Funase). O tumulto terminou com dois mortos e um ferido. Umas das vítimas era maior de idade e o outro adolescente. Ambos morreram carbonizados. O ferido foi socorrido pelo Samu e encaminhado para um hospital não informado.


A fundação disse que vai oferecer assistência às famílias dos mortos para o funeral e afirmou, em nota, que uma sindicância interna será feita para descobrir as causas da rebelião. Por volta das 18h, os internos da unidade começaram a queimar colchões. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados e o fogo foi controlado por volta das 19h30. Ainda não se sabem as causas do distúrbio na unidade.

O Case de Caruaru é uma unidade masculina com capacidade para cem internos, mas, atualmente, abriga 175 adolescentes em conflito com a lei. Hoje, a Funase tem unidades de atendimento em dez cidades pernambucanas, incluindo Recife, e, só em Caruaru, há três prédios: o do Centro de Internação Provisória (Cenip), onde internos aguardam a sentença do juiz da Vara da Infância e do Adolescente, a Casa de Semiliberdade (Casem), com adolescentes que vão à escola e frequentam atividades externas, e o Case, onde ocorreu a rebelião. Todas atendem jovens do sexo masculino entre 12 a 18 anos.

Esta não é a primeira vez neste ano que a Funase enfrenta uma rebelião. Em março, a unidade de Timbaúba teve um motim que deixou um agente educativo e dois adolescentes feridos. Em janeiro, o mesmo local teve uma fuga em massa de 30 adolescentes, com 11 deles resgatados.  Neste ano também houve três outras fugas na rede. Em agosto de 2014, três internos da Funase do Cabo morreram carbonizados após um princípio de rebelião. No ano anterior, a situação dos internos da instituição foi denunciada à Organização das Nações Unidas (ONU), por cinco entidades de defesa da criança e do adolescente.



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