PRF Dos nove bloqueios do MST nas BRs do estado, apenas um permanece interditado Além do trecho de Águas Belas, ocorreram protestos em outras sete rodovias federais, de acordo com a PRF

Publicado em: 11/03/2015 11:31 Atualizado em: 11/03/2015 13:16

Protesto na BR-104. Foto: Davi Moraes/ Divulgação
Protesto na BR-104. Foto: Davi Moraes/ Divulgação
Dos nove bloqueios realizados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)em rodovias federais que cortam Pernambuco na manhã desta quarta-feira, apenas a BR423, que liga à cidade de Águas Belas, permanece interditada. A  Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que os demais bloqueios foram liberados. Em alguns locais, foi necessário a presença do Corpo de Bombeiros para apagar o fogo de pneus queimando que foram colocados no meio da pista.

 

Além de rodovia 423, foram bloqueados nesta manhã pontos da BR-316, no quilômetro 376, em Petrolândia e na BR-407, na altura do quilômetro 130, em Petrolina, BR-104, em dois trechos (no quilômetro 43, em Lampião e no quilômetro 91, entre Agrestina e Cupira), BR-101, na altura do quilômetro 02, na divisa com a Paraíba; BR-232, no quilômetro 190, em Moreno, nas imediações do Parque Aquático, BR-408, no quilômetro 72 entre Tiuma/Paudalho; BR-407 no quilômetro 130 e BR-423 no quilômetro 162.



Ao longo desta semana, o MST vem realizando diversas mobilizações das mulheres camponesas. Até o momento, mais de 20 mil Sem Terra participaram das ações em 21 estados brasileiros, com marchas, ocupações e trancamento de rodovias nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul, Maranhão, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Paraíba, Goiás, Alagoas, Sergipe, Mato Grosso, Tocantins, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Piauí, Pará, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. As ações fazem parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Camponesas, em que denunciam o modelo do agronegócio no campo brasileiro e propõem a agroecologia como alternativa ao capital estrangeiro na agricultura.

Em Pernambuco, centenas de Sem Terra também ocuparam agências da Caixa Econômica e BNB no estado, na terça-feira passada. As ações dão continuidade às mobilizações iniciadas pelas mulheres no estado. Os camponeses exigem agilidade no Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) e criticam o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) que, segundo o MST, não atente nem contempla as necessidades das famílias assentadas.

Na segunda-feira passada, no Recife, mais de 600 mulheres do MST, da Pastoral da Juventude Rural (PJR), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Levante Popular da Juventude e Marcha Mundial das Mulheres (MMM) ocuparam a sede do Ministério da Agricultura e a Secretaria de Agricultura do Estado.



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