Transtorno Protesto de taxistas para trânsito no Centro do Recife nesta terça-feira Profissionais da categoria reclamam da circulação de táxis de outras cidades na capital e do valor do curso de capacitação

Por: Wagner Oliveira - Diario de Pernambuco

Publicado em: 24/02/2015 14:04 Atualizado em: 24/02/2015 15:16

Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press
Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press
O protesto realizado nesta terça-feira pela Associação dos Profissionais Condutores e Auxiliares de Táxi do Recife (Apcatre) causou muitos transtornos a quem precisou se deslocar no Centro do Recife. Dezenas de taxistas saíram da Avenida Beira-Rio, no bairro da Torre, em direção ao prédio da Prefeitura do Recife. Eles estavam pretendendo falar com o prefeito, Geraldo Julio. Os motoristas estavam fazendo um buzinaço e fecharam o cruzamento do Derby com a Avenida Agamenon Magalhães por mais de 30 minutos.
Táxis fecharam o cruzamento do Derby com a Av. Agamenon Magalhães por mais de 30 minutos. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press
Táxis fecharam o cruzamento do Derby com a Av. Agamenon Magalhães por mais de 30 minutos. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press

A manifestação dos profissioanais é contra a circulação de veículos de outras cidades e até de outros estados nas ruas do Recife. Apesar do monitoramento dos agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) e da Polícia Militar, grandes engarrafamentos se formaram ao longo do percursos dos taxistas. Após saírem da Beira-Rio, os motoristas seguiram pela Rua Benfica, Derby, Avenida Conde da Boa Vista, Avenida Guararapes, Avenida Dantas Barreto, Avenida Nossa Senhora do Carmo, Avenida Martins de Barros, Ponte Buarque de Macebo e Avenida Cais do Apolo.

Passageiros foram obrigados a descer dos ônibus e seguirem o trajeto andamento. Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press
Passageiros foram obrigados a descer dos ônibus e seguirem o trajeto andamento. Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A Press
Por conta do protesto, muita gente precisou descer dos ônibus e seguirem o resto do trajeto andando. O ponto mais crítico foi na Avenida Agamenon Magalhães, por onde passam dezenas de ônibus. “Tem gente passando mal aqui dentro com tanto calor. Eles deveriam deixar pelo menos uma faixa livre para os carros passarem”, disse uma passageira que não quis se identificar.

A manifestação ainda reivindicou a redução do valor do curso exigido para taxistas com mais de 20 anos de experiência ou com mais de 70 anos de idade. O curso é uma exigência da Lei Federal nº 12.468/2011 e deve ser implantado a partir do mês de junho deste ano. A capacitação, que inclui noções de mecânica, elétrica e boas maneiras, tem 36 horas/aula de duração. “Esse curso vai custar R$ 260. É um valor muito alto”, alertou Rui da Silva, um dos diretores da Apcatre.

Até as 14h desta terça-feira, a comissão de taxistas que estava na sede da Prefeitura do Recife não havia sido atendida por nenhum representante do poder municipal. Isso porque os profissionais só querem conversar com o prefeito, mas quem está disponível para recebê-los são representantes da Secretaria de Governo e Participação Social.

Em nota, a CTTU afirmou que “em 2015 os taxistas cadastrados no Recife passarão por curso de capacitação e poderão aprimorar o serviço prestado à população, além de valorizar o currículo dos profissionais da categoria. A CTTU credenciou, através de edital, 4  instituições especializadas  para ministrar o curso, que será obrigatório a partir do dia 30 de junho. Em relação à fiscalização de táxis clandestinos, a CTTU informa que mantém uma equipe de trânsito e transporte formada por 60 agentes que realizam rondas de fiscalização rigorosas e diárias em todas as RPAs, priorizando os locais com o maior número de denúncias.”

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