Cobertura Do maracatu à música alternativa: polos musicais oferecem todos os gostos musicais Foliões puderam curtir diversas opções. No Rec-Beat, a surpresa foi a participação de Mano Chao

Por: Anderson Malagutti - Diario de Pernambuco

Publicado em: 17/02/2015 08:11 Atualizado em: 17/02/2015 15:09

A Noite dos Tambores Silenciosos reuniu 25 nações de maracatus de Recife e região. Foto: André Nery/PCR
A Noite dos Tambores Silenciosos reuniu 25 nações de maracatus de Recife e região. Foto: André Nery/PCR

Se de dia a maioria dos foliões preferem encarar as subidas e descidas das ladeiras de Olinda, a noite reserva uma vasta opção no Recife. Basta escolher o polo musical e sua banda favorita. Se a maioria escolhe o palco principal, no Marco Zero, onde o público pode chegar até 150 mil pessoas, são nos polos decentralizados que a mistura aparece.

No Pátio de São Pedro, Marcelo Jeneci foi a atração principal. Os mineiros do Jota Quest fizeram a Lagoa do Araça ferver. Ainda teve Nação Zumbi em Casa Amarela. O Diario de Pernambuco visitou três shows diferentes. Fomos conferir a Noite dos Tambores Silenciosos, no Pátio do Terço, o show de Nando Reis no Alto José do Pinho e as atrações do Rec-Beat, em frente ao Paço Alfândega. Uma mistura e tanta.


Noite dos Tambores Silenciosos
O batuque dos tambores fizeram a pequena rua Vidal de Negreiros, no bairro São José, uma passarela de cores e danças. Na sua 55ª edição, a Noite dos Tambores Silenciosos reuniu 25 nações de maracatus de Recife e região. Cada um com no mínimo 25 componentes, foram se apresentando e levando o público (fiel) ao delírio.

Muitos turistas estavam presentes. O vendedor Vitor Sardinha, 24 anos, veio de São Paulo para curtir o carnaval pernambucano. Mas o desejo era apenas um. “Vim porque gosto de maracatu. Me interessa muito isso. E essa é a noite que eu estava mais aguardando. Acho sensacional tudo isso”, disse enquanto dançava vendo mais uma nação de maracatu passar para se apresentar.

A coordenadora do Polo Pátio do Terço, Josiane Oliveira, disse que, mesmo não nascendo “no maracatu”, se sente envolvida. “De tanto conviver com isso a gente acaba se envolvendo. É contagiante. Tenho muito respeito. Fico muito feliz por poder homenagear nossos ancestrais e descendentes”, completou.

Nando Reis
Uma alteração no horário de apresentação fez muitos foliões ficarem confusos no Alto José do Pinho. Antes programado para iniciar às 23h40, o show foi antecipado para às 19h. Alguns desavisados acabaram perdendo a apresentação. “Não sabia que tinha mudado. Vim só para ver o show dele”, disse Larissa Silva, 18 anos.

Mesmo com a mudança, o cantor fez bonito. Com um repertório já consagrado, animou os foliões. “Foi muito bom. Ter um polo aqui no bairro nos proporcionou curtir o carnaval mais perto de casa, sem precisar nos deslocar”, elogiou Maria Teresinha Costa, 41 anos.

Rec-Beat
No ano que comemorou 20 anos do festival, o Rec-Beat manteve a tradição de espaço lotado. O palco, localizado em frente ao Paço Alfândega, recebeu artistas de várias partes do Brasil e do Mundo. Tradicionalmente por atrair um público mais alternativo, é uma ótima opção para quem curte uma música mais específico.

A segunda-feira começou com o Recbitinho, com o espetáculo Tuttortona. Em seguida veio o DJ pernambucano Vinicius Leso. Quando o espaço começou a receber um público maior, foi a vez do sergipano Coutto Orchesttra, seguido pelo paulista Thiago Pethit. Outro pernambucano, Jam Da Silva, também animou. Mas nada superou o blues do norte-americano Marquise Knox.

A grande novidade (e surpresa) da noite foi a participação especial do francês Mano Chao, que tocou junto com os também pernambucanos Monbojó. Foi o show que contou com a maior interação do público. E para fechar a madrugada, Omulu deu todo seu gás para animar o público que ficou até o final.

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