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CRÍTICAS

'Banqueiros não precisam do Estado, mas exigem superávit', diz Lula

O presidente declarou ainda nesta quarta-feira (3/4) que os grandes empresários não deveriam precisar do Estado, mas ''vivem pegando dinheiro emprestado''

Publicado em: 04/04/2024 08:35 | Atualizado em: 04/04/2024 08:38

Para Lula, apesar de ter sido eleito pelos 203 milhões de brasileiros, o presidente precisa priorizar os mais necessitados (crédito: Ricardo Stuckert)
Para Lula, apesar de ter sido eleito pelos 203 milhões de brasileiros, o presidente precisa priorizar os mais necessitados (crédito: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quarta-feira (3/4) banqueiros e grandes empresários por fazerem exigências ao governo. Para ele, embora "não precisam do Estado", eles exigem superávit primário e pedem empréstimos.

 

Lula participou nesta quarta-feira (3/4) da 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, realizada em Brasília. Em seu discurso, ele também voltou a destacar as ações do governo na Educação, como o programa Pé-de-Meia, e homenageou os órfãos da covid-19.

 

"Os banqueiros não precisam do Estado, mas exigem que o Estado faça superávit primário e coloque à disposição deles bilhões. Os grandes empresários não deveriam precisar do Estado, mas precisam do Estado, porque vivem pegando dinheiro emprestado", criticou o presidente.

 

Ele destacou em sua fala que, apesar de ter sido eleito por 203 milhões de brasileiros, o presidente precisa priorizar os mais necessitados. Lula foi eleito em 2022 por 59,5 milhões de eleitores (50,83% dos votos válidos). "Quem é que precisa do Estado? É o povo trabalhador. É a classe média baixa que paga 80% de imposto de renda nesse país, porque rico também paga muito pouco imposto de renda. Quem paga é quem trabalha e pega contracheque no final do mês", enfatizou.


Órfãos da covid-19

 

Em sua fala, Lula citou os efeitos da pandemia da covid-19 para crianças, e afirmou que muitas delas perderam seus pais no período. "40 mil crianças ficaram órfãs de pai e mãe. Ficaram órfãs não porque a doença não tinha cura. Ficaram órfãs porque nós tivemos alguém muito irresponsável que achava que governava esse país”, declarou Lula, referindo-se ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

Ele pediu ao público que levantassem a mão em homenagem a essas crianças, e citou ainda as que morreram na Faixa de Gaza.

 

O presidente voltou ainda a destacar políticas públicas da sua gestão. Boa parte da plateia era composta por estudantes da rede pública. Ao mencionar o Pé-de-Meia, Lula explicou que o governo precisou fazer uma “linha de corte” para definir quem seria beneficiado, e que teve que priorizar a população mais pobre, mesmo que muitos estudantes não contemplados também precisem de auxílio.

 

Também estavam presentes a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e os ministros Silvio Almeida (Direitos Humanos e Cidadania) e Márcio Macêdo (Secretária-Geral da Presidência), além da presidente do Conselho Nacional dos Direitos Da Criança e do Adolescente (Conanda), Marina Poniwas. O evento entregará um documento a Lula contendo uma série de sugestões de políticas públicas para atender as crianças e jovens. 

 

As informações são do Correio Braziliense. 

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