VIOLÊNCIA
Dino diz que Lira pediu participação da PF no caso da execução no Rio
Ministro afirmou que a PF está dando suporte à Polícia Civil do Rio e, também, à Polícia Legislativa da Câmara, a pedido de Lira, em razão da relação de uma das vítimas com parlamentares
Publicado em: 05/10/2023 17:58
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Três médicos foram executados nesta madrugada, em um quiosque na Barra fda Tijuca, no Rio de Janeiro. Um dos mortos é Diego Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSol-RJ) (foto: Reprodução/Redes sociais) |
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, confirmou que a Polícia Federal (PF) está assessorando a Polícia Civil do Rio de Janeiro em função de diversos pedidos de apoio do órgão para a elucidação do assassinato de três médicos na Barra da Tijuca nesta madrugada. Em um evento nesta quinta-feira (05/10) na Bahia, onde assinou convênios com o governo do estado para ações de fortalecimento das políticas de segurança pública, o ministro disse que o presidente da Câmara do Deputados, Arthur Lira (PP-AL), solicitou a colaboração da PF nas investigações que a Polícia Legislativa da Câmara também deve realizar, em razão da relação de uma das vítimas com parlamentares.
“O fato de haver a proximidade com dois deputados federais faz com que tenhamos essa presença da Polícia Federal, até porque o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, também pediu essa parceria entre a Polícia Legislativa e a Polícia Federal” , disse o ministro durante coletiva. Os deputados são Sâmia Bomfim (PSol-SP), irmã de um dos médicos executados, e Glauber Braga (PSol-RJ), marido de Sâmia.
Dino explicou que a Polícia Federal não será a responsável pelo inquérito, apenas apoiará com inteligência e investigação a polícia judiciária do estado fluminense.
“A Polícia Federal está atuando desde as primeiras horas de hoje. Eu conversei com o governador Cláudio Castro e estabelecemos essa parceria, a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que detém o inquérito, e a Polícia Federal, que colabora com ações de inteligência e de investigação. Nesse momento temos uma visão clara de que se trata de uma execução e não de um crime patrimonial, e há duas linhas de investigação que estão sendo percorridas”, disse o ministro da Justiça, sem detalhar quais seriam essas hipóteses.
Uma dessas linhas de investigação apura se o médico foi confundido com filho de miliciano. Fontes da polícia ouvidas pelo Correio dizem que não se descartam outras suspeitas, mas o crime pode ter ocorrido "por engano", com as vítimas sendo apontadas como envolvidas em milícia rival.
O diretor geral da Polícia Federal, delegado Andrei Rodrigues, por sua vez, adiantou alguns aspectos da colaboração entre as instituições.
“Nós colocamos à disposição nosso parque tecnológico, não só de inteligência, mas de perícia, de balística, de imagens e, assim, assessorar e apoiar a Polícia Civil na elucidação desses eventos”, destacou.
Caso Marielle
O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, já está no Rio de Janeiro, onde se reúne com o governador fluminense, Cláudio Castro, para definir as medidas que devem ser tomadas pela PF.
“Falei há pouco com a nossa equipe que está no Rio de Janeiro e eles estão firmes que vão elucidar esse crime porque há indicações que podem conduzir a configuração da materialidade e da autoria do delito”, reforçou Dino.
O ministro apontou, ainda, que a PF segue investigando o caso da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ), assassinada em 2018, demonstrando confiança em uma resolução rápida do crime e descartou, no momento, a possibilidade de uma federalização do caso.
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