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Na crise, designer gráfico migra da diagramação à culinária

Passada a fase de turbulência inicial de um desemprego, Antônio Pedrosa, mais conhecido como "Violla" encontrou no empreendedorismo uma saída para gerar uma renda extra

Publicado em: 12/01/2019 09:21 | Atualizado em: 12/01/2019 09:45

A reviravolta na vida de Viola começou após ele perder o emprego. Foto: Aline Moura/Diario de Pernambuco
Assim como milhares de brasileiros, o diagramador Antônio Júnior Pedrosa de Vasconcelos, 47 anos, conhecido por Violla, viu seu emprego de quase dez anos ser levado embora junto com outros colegas de trabalho que também foram desligados da empresa em que atuavam por conta da crise financeira. A demissão aconteceu em abril de 2018 e com o mercado de design gráfico cada fez mais fechado, Violla se viu momentaneamente sem alternativa. Passada a fase de turbulência inicial de um desemprego, ele encontrou no empreendedorismo uma saída para gerar uma renda extra.

Tentando se inserir no mercado de trabalho, o designer gráfico recorreu ao dotes culinários que praticava apenas por hobby, cozinhando para amigos e familiares apreciarem suas iguarias. A guinada aconteceu quando ele decidiu se profissionalizar. Um mês após a demissão, o diagramador literalmente colocou a mão na massa. Passou a fazer o curso técnico de cozinheiro no Senac, composto por cinco fases. Atualmente está na quarta fase do curso e revela que a cada etapa está familiarizado e apaixonado pela nova profissão.

“Com a pressão por emprego e a falta de alternativa, decidi recorrer ao lado da cozinha. Não era meu porto seguro, mas eu precisava me arriscar. Tenho muito respeito pela comida, pelo preparo para produzir um alimento. Fico chateado quando algumas pessoas que aderem à moda fitness dizem que vão comer comida de verdade como sendo o ‘dia do lixo’. Para mim é um palavrão dizer uma frase dessa à mesa”, lamentou.

O futuro “masterchef” pretende ter um espaço próprio para montagem de um restaurante ou um café. Enquanto o curso de cozinheiro profissional não é concluído, ele vai se virando. Está apostando na produção de doces e tortas como um novo filão. Violla produz bolos, tortas, bolos caseiros, tortas salgadas e o tradicional bolo de rolo por encomenda. “Coloquei um preço abaixo do mercado para as pessoas degustarem meus produtos e depois fazer o comparativo. Com a crise que o país enfrenta tem muita coisa (comida) sendo oferecida, mas a qualidade fica a desejar. Como não tenho nome do mercado ainda, estou brigando por espaço”, disse. 

Violla lembra que a comida é uma necessidade do ser humano, mas para ele quem prepara tem que fazer como se estivesse produzindo para seu amor ou para seus melhores amigos. “As pessoas pedem a comida para celebrar a vida, para festejar bons momentos. Tudo tem que ser feito com muita dedicação”, enfatizou. As encomendas para Violla podem ser feitas pelo telefone (81) 992473491. (C.E.)

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