investigação

Ciro Nogueira: da juventude em Brasília a alvo da Lava-Jato

O senador do Piauí passou parte da infância na capital federal e é investigado por Eles obstrução de Justiça e organização criminosa. Defesa nega acusações

Publicado em: 25/04/2018 10:59 | Atualizado em: 25/04/2018 15:57

Nogueira, o senador do Piauí que passou parte da infância e adolescência em Brasília: defesa nega acusação. Foto: Marcos Oliveira/Agencia Senado

Ciro Nogueira Lima Filho, 49 anos, está na política desde 1994. Muito antes disso, porém, já tinha contato com o poder. Filho de parlamentar, mudou-se para Brasília quando ainda era adolescente. Estudou em colégios caros e fez amizade com pessoas que foram importantes em sua carreira. Venceu a primeira eleição aos 26 anos, lançado como um substituto do pai, Ciro Nogueira, então deputado federal pelo Piauí.

Ciro é presidente do Partido Progressista e empresário, dono de uma grande concessionária de carros e motos. Considerado mais próximo da direita, Ciro está no centro. Votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), é contra o aborto, faz parte da bancada ruralista e apoia o sistema Parlamentarista — onde o Executivo é representado pelo Congresso. Tem cinco processos em aberto, um deles aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) em que é acusado de lavagem de dinheiro, ocultação de bens, tráfico de influência e formação de quadrilha (veja acusações).

Tornou-se senador em 2010, com 695 mil votos. Em Brasília, Ciro costuma frequentar poucos restaurantes. Prefere endereços localizados no Lago Sul, onde fica a residência da família na capital, e locais especializados em carne. Às vezes, almoça com pessoas do partido em uma famosa churrascaria do Setor Hoteleiro Sul.

Confira os processos de Ciro Nogueira:

STF

Inquérito 3910/2014
Ciro Nogueira e a mulher, a deputada federal Iracema Portella, foram acusados de lavagem de dinheiro, ocultação de bens, tráfico de influência

STF
Inquérito 3989/2015
Investigação no âmbito da Operação Lava-Jato que investiga esquema de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras.

TRF-1
Ação popular 0039272-79.2004.4.01.3400
Condenado por ser omisso quando atuava como 4ª Secretário da Mesa na Câmara dos Deputados ao ignorar que um ex-deputado continuava ocupando imóvel funcional. Foi condenado a pagar 163 vezes o valor do auxílio-moradia pago pela Casa em 2004. Interpôs embargos de declaração, mas a condenação foi mantida. Apela em segunda instância.

TRF-1
Ação Civil 005703-81.2014.4.01.4000
Senador teria usado recursos públicos para a propaganda eleitoral de Iracema Portella nas últimas eleições, em 2014.

TRF-1
Ação Civil 0039259-80.2004.4.01.3400
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