Opinião Malude Maciel: Medo de motocicletas Malude Maciel é presidente da ACACCIL

Publicado em: 19/12/2017 07:23 Atualizado em:

Na cidade de Caruaru a frota das chamadas “motos” é bastante numerosa, ultrapassando em muito o movimento nas demais cidades. É moto pra cá, moto pra lá, numa avalanche que até assusta transeuntes e motoristas de outros veículos, como: bicicletas e carros em geral.

Sendo um meio de transporte simples, prático para o trânsito complicado que temos e, relativamente barato, as motos são as preferidas no deslocamento urbano e rural, inclusive são usadas em grande escala como “moto-taxi”.

Deveriam ser cadastradas no departamento responsável pelo trânsito (DESTRA - DETRAN), porém, inúmeras transitam pelas vias públicas sem registros, sendo talvez produtos de roubos. Os motoqueiros são ousados e geralmente não obedecem às regras nem respeitam os outros; as estatísticas no HRA mostram a quantidade de acidentes provocados.

Nos sítios adjacentes a turma jovem aderiu totalmente ao uso de motos nos serviços diários. Os habitantes da zona rural não mais utilizam animais (cavalos, jumentos, carros de bois, etc.) nas idas e vindas às localidades desejadas. Nas periferias, o hábito tornou-se generalizado; homens e mulheres acostumaram com essa prática.

Os assaltos “relâmpagos” infelizmente estão em alta em nossa cidade e são praticados em grande escala com apoio das motos que se prestam muito bem para as ações criminosas de latrocínios e tomadas de celulares; com um bandido dirigindo e outro na garupa formando a dupla certa para abordar quem quer que seja no ato de ir e vir, surrupiando todos os pertences que o cidadão conduz.

Estamos cansados de ver gravações de câmeras instaladas que simplesmente registram tipos diversos de abordagem dos assaltantes, mas, apesar de denúncias ao órgão policial, esse processo prossegue cada vez pior e mais constante. Os noticiários bem alertam para tal mal.

Atualmente ninguém pode avistar uma moto por perto sem tremer nas bases; as pessoas evitam carregar bolsas, pacotes, celulares e sair andando tranquilamente como a Constituição promete assegurar. Que situação desagradável! Os cidadãos estão privados dos seus direitos mais básicos, tendo que ficar reféns dos marginais; trancafiados dentro de casa, com medo de tudo e de todos, porque pior é passar por situação aflitiva, traumatizante, ter prejuízo de bens e talvez perder a própria vida.

Quando ficaremos livres desses pesadelos e voltaremos a caminhar sem medo pelos caminhos da vida? Estamos sentido falta de liberdade e segurança.


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