Impeachment
Dilma lutará até o fim por seu mandato, diz Cardozo
Governistas lamentam derrota e apostam tudo no Senado, enquanto oposição evita comemorações
Publicado em: 18/04/2016 07:06 Atualizado em: 18/04/2016 07:07
Numa das primeiras reações públicas do governo após a Câmara autorizar a abertura do processo de impeachment, o advogado-geral da União José Eduardo Cardozo afirmou que a presidente Dilma Rousseff “não se curvará” e vai lutar até o fim por seu mandato. Segundo Cardozo, a decisão dos deputados foi puramente política e não tem embasamento jurídico para caracterizar um crime de responsabilidade que justifique seu impedimento.
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O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que os deputados rasgaram a Constituição ao autorizarem o andamento do processo de impeachment da presidente Dilma. “Hoje a infâmia e o golpismo feriram a democracia, rasgando a Constituição”, disse ele. Falcão voltou a acusar o vice-presidente Michel Temer de “conspirador” e disse que o “réu” Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, comandou “os golpistas” a “romperem com a regra constitucional”.
O vice-líder do governo, deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), afirmou esperar que o Senado “não cometa o mesmo erro da Câmara”. “Enquanto há vida, há esperança. Evidentemente agora vai começar uma nova batalha e espero que o Senado conserte o erro histórico que Câmara cometeu”, afirmou. Costa, que deixou a Câmara chorando após a derrota do governo, chegou ao acesso ao Alvorada ainda emocionado e com os olhos marejados. “Estou decepcionado, indignado, sou um ser humano.”
Oposição
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou que a autorização do impeachment da presidente Dilma é apenas o primeiro passo e pediu mais mobilização nas ruas e no Congresso. “A luta ainda não acabou. É preciso manter a mobilização nas ruas e no Congresso. O pedido de impeachment agora chega ao Senado e, mais uma vez, a força dos brasileiros haverá de fazer a diferença”, afirmou.
Já o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que não está “feliz” e que não acha que “seja algo a ser comemorado”. Afirmou, contudo, que o governo está no fim e comparou a última semana a uma “xepa”. “Não acho que, num momento em que é preciso fazer a abertura do processo de impeachment da presidente, seja algo a ser comemorado. Tudo isso é muito triste. Um caso grave”, disse Cunha, que completou: “Estamos num governo em fim de governo. Essa semana foi a ‘xepa’, com o Diário Oficial do jeito que foi ontem. Foi a ‘xepa’, fim de feira, foi fim de governo”. (Folhapress e AE)
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