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Base do Governo derruba emendas da oposição e aprova texto original da extinção das faixas salariais da PM e bombeiros

Oposição foi a favor do projeto de Raquel Lyra após derrota de substitutivo que adiantava unificação das faixas

Publicado em: 07/05/2024 16:13 | Atualizado em: 07/05/2024 19:13

 (Priscilla Melo/DP Foto)
Priscilla Melo/DP Foto

Os deputados governistas derrubaram as emendas da oposição e aprovou o projeto original do Governo do Estado que extingue as faixas salariais até 2026, em votação com 41 votos favoráveis e apenas um contrário — "protesto" de Romero Albuquerque (União Brasil) — no plenário da Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na tarde desta terça-feira (7).

O texto, de autoria da governadora Raquel Lyra (PSDB), foi aprovado em primeira apreciação com voto favorável de todos os deputados presentes, novamente com exceção de Romero Albuquerque, que se absteve após rejeição inicial.

Três emendas apresentadas foram rejeitadas em votação pela Casa. A primeira, do deputado Fabrízio Ferraz (Solidariedade), que mantinha a contribuição dos militares mesmo em caso de afastamento da função, perdeu por 25 a 19. A segunda, de Mário Ricardo (Republicanos), que criava uma nova data para promoção dos policiais e bombeiros, foi derrotada por 23 votos a favor contra 20 — apesar da maioria simples, não obteve a maioria absoluta de 25 votos.

A terceira, apresentada pelos parlamentares Joel da Harpa (PL) e Alberto Feitosa (PL), que adiantava a extinção das faixas para 2025 e aumentava em 0.5% o reajuste salarial de 3% já previsto para 2026 no texto original, foi derrotada por 26 a 16. O substitutivo dos deputados do PL era similar ao apresentado pela deputada Gleide  ngelo (PSB), com exceção do aumento no valor do vencimento, ausente na emenda da socialista.
 
"Nós fizemos o que podíamos, agora não temos mais o que fazer. É votar para ajudar minimamente os policiais, a única opção que nós temos. Não recebemos orientação do governo", declarou o deputado Diogo Moraes (PSB). "Nosso partido defende a classe dos policiais. Não atendemos bolsonaristas ou PSDB", afirmou.

"Não é o projeto que queríamos, mas todos estão de prova do quanto lutamos para algo mais justo pelos policiais. Não vejo como derrota. Voto 'sim', não por achar que o projeto é o melhor, mas é o que temos agora. Ou votamos como está, ou não extingue as faixas. Vai ser 2026, mas temos consciência tranquila de que lutamos até o final", disse Gleide Ângelo.

"Ela não cumpriu com a palavra dela. Essa extinção para 2026 é ruim, uma falta de compromisso e um desrespeito a categoria. Vai dar um aumento ínfimo, o menor salário do Brasil. A responsabilidade vai chegar com o contracheque na casa de cada policial militar em julho", discursou o Coronel Alberto Feitosa.

"Mas ainda não acabou, dependendo da reação da categoria. É uma bomba que está chiando. Um 'cala a boca' não vai resolver", disparou, sugerindo uma ameaça de greve. 

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