Irregularidades Grupo denuncia fraude em eleição para Conselho Tutelar do Recife

Por: Julia Schiaffarino - Diario de Pernambuco

Publicado em: 14/10/2015 09:43 Atualizado em:

Uma urna violada, encontrada dois dias após a eleição para o Conselho Tutelar do Recife, com 149 votos não contabilizados, foi o estopim para que candidatos ao cargo entrassem com uma série de medidas judiciais na tentativa de anular as eleições. Ontem, o grupo protocolou uma denúncia na Corregedoria do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) por negligência da Promotoria da Infância e outra junto à Polícia Federal. “Antes da eleição, comunicamos à Promotoria falhas no processo e que candidatos haviam fraudado declarações de idoneidade. No dia da eleição tivemos mais irregularidades. Eles não fizeram nada”, comentou Nadilene Pereira, que concorreu ao cargo. De acordo com o grupo, essas fraudes levaram, inclusive, à eleição de ex-presidiário.

A urna teria aparecido após uma denúncia anônima em uma das unidades do Conselho Tutelar. Ela pertence à Região Político Administrativa (RPA) 4, que teve mais outras duas urnas impugnadas. O presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (Comdica), José Rufino, afirmou que a urna já havia sido impugnada por não ter sido encontrada e atribui as falhas à falta de apoio do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), que não cedeu urnas eletrônicas nem prestou assistência no dia do pleito. “As falhas foram pontuais e em decorrência do TRE não ter cedido as urnas eletrônicas”, disse.

A eleição para conselheiro tutelar costuma ser disputada por dois pontos: a força política do cargo, dada a inserção na comunidade, e a estabilidade, uma vez que o mandato é de quatro anos e o salário é de R$ 2.800,00.

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