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Breadcrumbing: o jogo das migalhas emocionais nas relações contemporâneas

Termo descreve um comportamento onde uma pessoa oferece pequenos sinais de interesse, mas sem a intenção de se comprometer de maneira significativa

Publicado em: 04/02/2025 10:12

 (Foto: Freepik)
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No vasto panorama das relações modernas, um fenômeno tem ganhado destaque: o breadcrumbing. Esse termo, que pode ser traduzido como "alimentar com migalhas", descreve um comportamento onde uma pessoa oferece pequenos sinais de interesse, mas sem a intenção de se comprometer de maneira significativa. Essa prática é especialmente comum em um mundo dominado por redes sociais e aplicativos de namoro, onde as interações são frequentemente superficiais.

O breadcrumbing é caracterizado por trocas de mensagens intermitentes, flertes ocasionais e promessas de encontros que nunca se concretizam. A pessoa que pratica essa estratégia pode fazê-lo por várias razões: medo de compromisso, desejo de manter opções abertas ou até mesmo uma busca por validação emocional. Para a parte que recebe essas migalhas, o resultado é muitas vezes um ciclo de esperança e desilusão, onde a expectativa de um relacionamento mais profundo é constantemente frustrada.

Identificar quando se está sendo vítima do breadcrumbing pode ser um desafio, especialmente quando os sinais são sutis. Essa confusão emocional pode levar a um desgaste psicológico significativo, levando a pessoa a questionar seu valor e suas expectativas nas relações. É fundamental, portanto, ter clareza sobre o que se busca e estar atento aos sinais de que a interação pode não ser genuína.

Para lidar com essa situação, a comunicação clara é essencial. Conversar sobre sentimentos e intenções pode ajudar a esclarecer as expectativas de ambos os lados. Se a outra parte não demonstrar interesse em um compromisso real, é importante que a pessoa reconheça seu valor e busque conexões que sejam mais alinhadas com suas necessidades emocionais.

Em um mundo onde as relações podem ser tão efêmeras quanto um clique, o breadcrumbing serve como um lembrete da importância da autenticidade e da sinceridade nas interações humanas. Ao entender esse fenômeno, as pessoas podem tomar decisões mais informadas sobre seus relacionamentos e buscar experiências que realmente lhes tragam satisfação e significado.

MORAES PROÍBE ACESSO A PRONTUÁRIOS DE MULHERES QUE REALIZARAM ABORTO EM SP
 
 (Foto: Freepik)
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a proibição do acesso a prontuários médicos de mulheres que realizaram abortos em hospitais do estado de São Paulo. A decisão ocorre em meio a investigações sobre possíveis violações de sigilo médico e perseguições indevidas a pacientes.

A medida tem como objetivo garantir a privacidade e a proteção das mulheres, evitando que sejam alvo de investigações criminais com base em dados médicos sigilosos. Moraes ressaltou que a Constituição assegura o direito à intimidade e que a quebra desse sigilo pode configurar abuso de autoridade.

A decisão responde a pedidos de organizações que atuam na defesa dos direitos reprodutivos e à crescente preocupação com possíveis tentativas de criminalização de mulheres que recorrem ao aborto, especialmente em casos já previstos em lei, como gravidez decorrente de estupro e risco de vida para a gestante.

Com a nova determinação, nenhuma autoridade policial ou judicial poderá acessar esses documentos sem autorização expressa da paciente ou decisão específica da Justiça.

DESEMPREGO ENTRE MULHERES É 45,3% MAIOR DO QUE ENTRE HOMENS, APONTA IBGE
 
 (Foto: Freepik)
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A taxa de desemprego entre mulheres no Brasil foi 45,3% maior do que entre homens no terceiro trimestre do ano, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento revela que, enquanto a desocupação masculina ficou em 5,1%, a feminina atingiu 7,4%, evidenciando um cenário persistente de desigualdade no mercado de trabalho.

Especialistas apontam que essa diferença está ligada a fatores estruturais, como a maior sobrecarga com afazeres domésticos e cuidado com filhos, que impactam a disponibilidade feminina para empregos formais. Além disso, a discriminação na contratação e a menor oferta de vagas com condições flexíveis afetam, diretamente,  as oportunidades para as trabalhadoras.

Outro dado relevante da pesquisa mostra que, embora as mulheres representem quase metade da força de trabalho, seus salários ainda são inferiores aos dos homens, mesmo em cargos equivalentes. Isso reforça a necessidade de políticas públicas voltadas para a equidade salarial e o incentivo à participação feminina em setores estratégicos da economia.

O levantamento do IBGE reacende o debate sobre os desafios que as mulheres enfrentam para ingressar e permanecer no mercado de trabalho. Especialistas defendem a ampliação de políticas de incentivo à contratação, creches acessíveis e a fiscalização de práticas discriminatórias como caminhos essenciais para reduzir essa desigualdade.

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