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Os incels (celibatários involuntários) são homens que, frustrados pela dificuldade de estabelecer relações românticas ou sexuais, desenvolvem uma ideologia de ressentimento, muitas vezes voltada contra as mulheres e a sociedade. No entanto, esse fenômeno não surge isolado. É alimentado por um movimento mais amplo, conhecido como a manosfera, que é um conjunto de comunidades online, onde predominam ideologias misóginas, antifeministas e de vitimismo masculino. Dentro dessa rede, os incels encontram apoio para suas frustrações e, frequentemente, alimentam sentimentos de ódio e vingança.
Dentro da manosfera, um dos conceitos mais prevalentes é a “regra 80/20”, que afirma que 80% das mulheres se atraem por apenas 20% dos homens. Essa ideia distorcida reforça a crença de que a maioria das mulheres favorece um pequeno grupo de homens “superiores”, enquanto os outros são sistematicamente rejeitados. Esse pensamento alimenta a ideia de injustiça e desamparo, criando um ciclo vicioso de frustração, onde os incels se veem como vítimas de uma sociedade que, que na visão deles, privilegia apenas um grupo seleto de homens.
A manosfera não apenas valida esses sentimentos, mas também cria uma narrativa de ódio contra as mulheres, culpando-as por sua solidão e dificuldades. Ao invés de buscar autoconhecimento ou melhorar as habilidades emocionais e sociais, muitos incels se refugiam nesse ambiente tóxico, muitas vezes violento, onde o ódio contra as mulheres é glorificado.
Esse movimento é perigoso, pois perpetua a ideia de que as mulheres são inimigas e de que os homens não precisam se esforçar para melhorar a si mesmos, já que a culpa é sempre das mulheres e da sociedade. Para combater, é necessário promover o diálogo sobre masculinidade saudável e trabalhar para conscientizar os jovens, sobre os perigos dessa ideologia.
SENADO APROVA USO DE TORNOZELEIRA ELETRÔNICA PARA AGRESSORES DE MULHERES
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Foto: Akira Onume/Governo do Pará |
O Senado Federal aprovou em 22 de março de 2025 um projeto de lei, que determina o uso de tornozeleira eletrônica para agressores de mulheres em casos de violência doméstica. A medida visa fortalecer a proteção às vítimas, monitorando os agressores para evitar aproximações indesejadas e o descumprimento de medidas protetivas de urgência.
A aprovação ocorre em um cenário de crescente violência contra a mulher no Brasil. A tornozeleira eletrônica tem se mostrado eficaz no monitoramento de infratores em outros contextos, garantindo mais segurança para as vítimas e permitindo uma resposta rápida em caso de descumprimento da ordem judicial.
A proposta ainda passará por mais etapas legislativas, mas já representa um avanço significativo no combate à violência doméstica. Com a aprovação, o Senado reforça o compromisso com a proteção das mulheres, visando não só a punição, mas também a prevenção de novos casos de agressão.
GRAVIDEZ INFANTIL: 232 MIL MENINAS ATÉ 14 ANOS DERAM À LUZ EM UMA DÉCADA
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Entre 2013 e 2023, mais de 232 mil meninas com até 14 anos se tornaram mães no Brasil, conforme dados divulgados pelo governo federal. Esse número alarmante revela a persistência da gravidez infantil, um problema de saúde pública que reflete a vulnerabilidade das jovens e a falha em políticas de prevenção e educação sexual.
A gravidez precoce é um dos maiores desafios enfrentados pelas adolescentes, pois representa um risco significativo para a saúde das meninas, que enfrentam complicações maiores durante a gestação e o parto. Além disso, as jovens mães enfrentam barreiras no acesso à educação e ao mercado de trabalho, perpetuando o ciclo de pobreza e desigualdade social.
O estudo também aponta que grande parte dessas gestantes são vítimas de abuso sexual, situação que agrava ainda mais a gravidade do problema. As meninas, na maioria das vezes, não têm a maturidade física e psicológica para lidar com a maternidade. Assim, o impacto na vida delas é devastador.
Embora o governo federal tenha implementado políticas públicas para reduzir a gravidez na adolescência, como programas de conscientização e acesso ao planejamento familiar, os números indicam que ainda há muito a ser feito. A educação sexual e o apoio a essas jovens são fundamentais, para enfrentar esse desafio e garantir um futuro mais saudável e igualitário.