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90% das pessoas têm mais medo da violência na escola do que nas ruas

De acordo com pesquisa, em um período de 12 meses, quase sete milhões de estudantes foram vítimas de algum tipo de violência na escola

Publicado em: 28/11/2023 10:05

 (Foto: Freepik)
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Quase sete milhões de estudantes foram vítimas de algum tipo de violência na escola, no período de doze meses, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto DataSenado. Isso representa 11% dos quase 60 milhões de alunos matriculados. Os dados também apontam que 90% das pessoas têm mais medo da violência na escola do que nas ruas. 87% acha que a presença da polícia na escola é importante para combater a violência. 

Segundo o estudo, a percepção de bullying é mais frequente entre pessoas mais jovens. Entre as que têm 16 a 29 anos, 52% delas disseram que já sofreram bullying no ambiente escolar. Perguntados se já sofreram violência na escola, mesmo que atualmente não estejam estudando, o índice dos que disseram sim subiu para 22% e quanto ao bullying, o percentual vai para 33%. Contudo, os entrevistados com mais de 60 anos não relacionam o bullying à violência. 

A violência protagonizada nas salas de aula possuem diversas causas: 

  • transferência do papel dos pais na educação de seus filhos e o consequente acúmulo de funções por parte do educador
  • falta ou insuficiência de políticas públicas, resultando num sentimento de incapacidade por parte dos docentes diante às situações mais graves como é o caso da participação dos discentes no tráfico de entorpecentes e o fácil acesso a armas de fogo. 
  • falta de investimento na educação, a desigualdade social
  • falta de estrutura física das escolas
  • bullying (consiste em perseguição, humilhação, intimidação, agressão e difamação sistemática) 
  • cyberbullying (prática de bullying por meio de ambientes virtuais, como redes sociais e aplicativos de mensagem
  • falta de segurança pública

Essa pesquisa sobre violência escolar foi realizada em maio de 2023. Foram 2068 pessoas entrevistadas, de todo o país, com 16 anos ou mais. 

PESQUISA APONTA QUE MULHERES AINDA SE CALAM PERANTE A VIOLÊNCIA
 
 (Foto: Freepik)
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A 10ª edição da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, divulgada pelo Instituto DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV), aponta que 74% das brasileiras perceberam um aumento da violência doméstica e familiar em 2023. Das entrevistadas que sofreram algum tipo de violência a maioria foi violada de forma física, psicológica e/ou moral.

No recorte regional, a percepção de aumento da violência contra a mulher foi mais acentuada na região Centro-Oeste (79%), seguida pela região Nordeste (78%), depois Norte (74%), Sudeste (72%) e em último lugar a região Sul (66%). 

Ainda segundo a pesquisa, 30% das mulheres do país já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar provocada por homens. O número representa mais de 25,4 milhões de brasileiras que já foram vítimas desse tipo violência em algum momento da vida.

O tipo de violência sofrida mais frequente é a psicológica (89%), seguida pela moral (77%). As entrevistadas responderam que a violência física também é recorrente (76%). A maioria das mulheres que respondeu ter sido vítima de violência tem entre 40 e 49 anos. 

Em todos os casos, as mulheres mais pobres são as mais vulneráveis. A maior parte das brasileiras entrevistadas (62%) acredita que as mulheres denunciam cada vez menos para as autoridades devido a sensação de impunidade.

O levantamento também revela que para 73% das brasileiras, ter medo do agressor leva uma mulher na maioria das vezes a não denunciar a agressão. A falta de punição e a dependência financeira são outras situações que, para 61% das brasileiras, levam uma mulher a não denunciar a agressão na maior parte dos casos. 

Entretanto, o percentual das vítimas que continuam casadas com seus agressores diminuiu para 26%, contrastando com os 43% registrados em 2019. 94% das mulheres também terminaram namoros agressivos. A percepção da pesquisa é de que as mulheres que sofrem agressão se calam perante a violência.

OBESIDADE DEVE ATINGIR 30% DA POPULAÇÃO ADULTA NO BRASIL EM 2030 
 
 (Foto: Freepik)
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A projeção foi feita pela World Obesity Federation, organização internacional voltada para redução, prevenção e tratamento da obesidade, afirma que o Brasil deverá ter, até 2030, quase 30% de sua população adulta com obesidade

Atualmente, dados da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) de 2021, uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, indicam que 22% da população brasileira adulta apresenta obesidade. 

A condição é calculada por meio do IMC (índice de massa corporal), que consiste na divisão do peso pela altura ao quadrado. Quando o resultado fica entre 25 e 30, considera-se que há sobrepeso — condição que atinge 57% da população adulta no país, segundo a Vigitel. Se o IMC for maior que 30, o caso é categorizado como obesidade.

Os números da World Obesity Federation também revelam que a condição pode ser uma realidade para mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo até 2030. Para efeito de comparação, em 2010 o número era aproximadamente a metade. Segundo os especialistas,  fatores relativamente conhecidos para obesidade estão impactando países que anteriormente não tinham altas taxas, como um largo acesso a comidas muito industrializadas e de alimentos refinados.

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