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Top 3 global no Spotify e sensação do trap nacional, Veigh traz superprodução ao Recife neste sábado

Veigh apresenta a turnê "Evom", do disco "Eu Venci o Mundo", neste sábado (1), no Classic Hall, que fica em Olinda, no Grande Recife. Os portões abrem às 20h e os ingressos custam a partir de R$ 100 (a casadinha).

Camila Estephania

Publicado: 01/11/2025 às 06:00

Veigh iniciou a turnê

Veigh iniciou a turnê "Evom", do disco "Eu Venci o Mundo", em 25 de outubro de 2025, no Espaço Unimed, em São Paulo. (Marcos Oliveira)

Show com telões gigantes, dançarinos, palco com mais de um ambiente cenográfico, jogo de luzes 3D e muita tecnologia. Poderia ser a descrição de uma megaprodução internacional, mas esse espetáculo foi proporcionado pelo trapper paulista Veigh, na estreia da turnê “Evom”, no último dia 25, em sua terra natal. Neste sábado (1), o artista traz o mesmo projeto ao Classic Hall, em Olinda, no Grande Recife, com boa parte da estrutura vista em São Paulo. Os ingressos custam a partir de R$ 100 (a casadinha). 

“Tô muito feliz de conseguir alcançar todos esses estados. Acho que é o sonho de todo artista se consagrar a ponto de realmente pensar em um evento próprio. Me inspiro em muita gente de fora do Brasil, mas em muita gente daqui também”, disse Veigh, em entrevista ao Diario. Na ocasião, ele revelou que, entre os exemplos nacionais, espelha-se em projetos contínuos de pop, funk e pagode, como os “Ensaios de Anitta", "Numanice ", de Ludmilla, e “Tardezinha", de Thiaguinho.

A pompa não é por menos: o artista é a sensação musical do trap brasileiro já há algum tempo. Em 2024, estampou a capa da Forbes como símbolo de sucesso no segmento e vem superando ainda mais barreiras com o lançamento em junho deste ano do seu segundo álbum, intitulado “Eu Venci o Mundo”.

O disco alcançou o Top 3 na parada global de estreia de discos do Spotify, além de ter levado a faixa “Artista Genérico” ao Top 1 Brasil do streaming. Desde então, com cerca de dez milhões de ouvintes mensais, Veigh não sai mais da parada nacional da plataforma. Após o lançamento do videoclipe "Talvez Você Precise de Mim”, também se tornou o artista brasileiro mais visto no Youtube no último mês, de acordo com dados da Zeeng.

Sem medo de flertar com outros estilos musicais, o trapper reconhece que parte do seu sucesso se deve também a seu interesse pelo universo pop e R&B. “Eu sempre consumi muita música de fora, como 50 Cent, Justin Timberlake e Timbaland, trago muita referência deles até hoje”, explica. Não é à toa que os três norte-americanos citados surgem de alguma forma em seu último disco. “Artista Genérico”, por exemplo, é uma versão da música “Ayo Technology”, de 50 Cent, Justin Timberlake e Timbaland. Esse último ainda participa como produtor de “Talvez você precise de mim”.

Além de Timberlake, Veigh ainda lembra de Bruno Mars entre as referências para a produção de músicas mais cantadas e melódicas do que se costuma ouvir no seu estilo. “Busco trazer um pouco dessa estética, mesmo sendo do trap e essa rapaziada fazendo uma parada diferente. Tento trazer um pouco deles pros shows também, uma rapaziada que canta e dança. Acho que, às vezes, as pessoas consideram que eu faço algo mais pop não pela música, mas pela apresentação”, comenta.

O paulista acredita que essas inovações que ele propõe dentro do trap nacional vem para somar também ao cenário do rap. “Sendo o trap um subgênero dentro do rap, não têm que existir uma rivalidade. Entendo que algumas pessoas acabam caindo mais para um lado do que para outro, mas o rap somou para que o rap existisse e o trap hoje soma para que rap também continue sendo abastecido por uma nova geração", analisa ele, que também se considera um rapper.

“Acredito que a gente tem que curtir tudo como um todo. Pode pegar a inspiração do que você mais se identifica, mas não é uma briga, porque a gente vem da mesma realidade. A gente também cresce nas favelas e conta sobre a nossa história, só que às vezes numa batida diferente, com uma produção musical diferente. Mas geralmente é a mesma mensagem para as mesmas pessoas", continua.

Aliás, Veigh ressalta que eu “Eu Venci o Mundo” se propõe a falar sobre a superação de uma vida mais dura sem perder a essência, dialogando especialmente com aqueles que têm origem humilde como ele. “Sou um cara que não tinha nada e hoje eu tô conquistando bastante coisa. Acho que isso traz uma inspiração muito forte para o meu público”, comenta ele, que foi criado na Cohab 1, em Itapevi, na periferia de São Paulo. Na capital paulista, chegou a trabalhar como puxador de lojas na rua 25 de março e com telemarketing.

Embora já tenha vindo ao Recife em outras ocasiões, o artista conta que nunca teve tempo de realmente conhecer a cidade. Pela primeira vez passando pela capital pernambucana com um projeto próprio, ele especula a possibilidade de ter mais tempo para conhecer melhor a cultura local. "Quem sabe um dia somar com algum artista daí e fazer algum projeto diferente? Trap e brega, uma parada bem louca! Com certeza seria bem legal”, diverte-se. 

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