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Depoimentos

Caso Esther: em depoimento à polícia, suspeitos de homicídio e ocultação deram versões diferentes

Os relatos foram colhidos pela Polícia e fazem parte do inquérito que apura o homicídio

Mareu Araujo

Publicado: 04/12/2025 às 19:28

Esther Isabelly foi encontrada dentro de uma cacimba, localizada em uma residência no bairro do Pixete, em São Lourenço da Mata, no dia 21 de outubro/Foto: Sandy James/DP Foto

Esther Isabelly foi encontrada dentro de uma cacimba, localizada em uma residência no bairro do Pixete, em São Lourenço da Mata, no dia 21 de outubro (Foto: Sandy James/DP Foto)

Indiciados pela Polícia Civil de Pernambuco, os suspeitos pela morte da menina Esther Isabelly, de 4 anos, deram depoimentos contraditórios sobre seus envolvimentos e ações na casa onde o corpo da criança foi encontrado. Os relatos foram colhidos pela Polícia e fazem parte do inquérito que apura o homicídio.

Esther desapareceu no fim da tarde de segunda (20/10), quando brincava com os irmãos, em um campo perto de casa, na comunidade Ettore Labanca, no bairro do Pixete, em São Lourenço da Mata. No dia seguinte, familiares e vizinhos acharam o corpo em uma cacimba, de cabeça para baixo.

Nessa quarta-feira (3), a PCPE indiciou dois dos três suspeitos pelo crime. Informações obtidas pelo Diario de Pernambuco apontam que Fernando Santos de Brito, 31 anos, é acusado de homicídio e Uilma Ferreira dos Santos, de 33 anos, de ocultação de cadáver. Uma terceira pessoa chegou a ser presa durante as investigações. É Fabiano Rodrigues de Lima, de 27 anos, que divide o terreno, onde o corpo de Esther foi encontrado, com Fernando.

Em depoimento, Fernando afirmou que, enquanto bebia com a mãe de Esther, viu a menina brincando com os irmãos. De acordo com ele, essa era a primeira vez vendo a criança. Por volta das 16h30 foi para a casa de sua mãe, no centro de São Lourenço, retornando à comunidade à noite, quando “já havia um protesto pois a pequena Esther havia sumido”.

Fernando declarou “não saber do paradeiro” da menina, mas que teria ouvido dos moradores que um homem tinha pego Esther pelo braço e sumido com ela. Aos policiais, ele afirmou que não ouviu comentários de que ela tivesse sido levada para a casa dele ou para a de Fabiano. Conforme o interrogatório, os dois dividiram um terreno com duas casas separadas.

Ele declarou “não saber quem tirou a vida de Esther e jogou seu corpo naquela cacimba”, mas disse que viu “Fabiano e Uilma lavando a casa, retirando o lixo, ateando fogo nos entulhos e afirmou não saber por qual motivo eles fizeram tal coisa”, segundo o interrogatório.

Já Uilma, em seu depoimento, negou que tenha entrado no imóvel. Segundo relata, ela também teria se mudado há cerca de um mês e não tinha mais a chave da casa.


Aos policiais, ela disse que, no dia do desaparecimento, acordou por volta das 11h, foi à casa de uma tia para almoçar e ficou por lá até o início da noite. Nesse local, ela teria encontrado com o ex, que estaria embriagado, e os dois chegaram a ter um desentendimento.


Por volta das 19h, quando já estava na rua, ela teria ouvido a mãe de Esther gritar que a filha estava desaparecida e teria sido vista sendo levada para a casa de Fabiano e Fernando. Foi quando a mulher teria decidido ir ao local – mas ficou do lado de fora, de acordo com a sua versão.


A mulher relata, ainda, que chegou a conversar com Fabiano, que teria negado que uma criança estivesse no local. O ex, Fernando, teria aparecido em seguida, montado a cavalo, e continuou brigando com a mulher, supostamente por ciúme, segundo o depoimento.


Ela ainda teria ficado cerca de duas horas no meio da rua e voltado a conversar com Fabiano. De acordo com a mulher, ele teria feito a faxina sozinho. Também haveria “alguns objetos pegando fogo” ao lado da casa.


Já Fabiano, em interrogatório, afirmou que por volta das 21h, Uilma esteve em sua casa pedindo uma vassoura e um isqueiro. Ela teria dito que a vassoura era para limpar a casa em que Fernando morou para poder entregar ao proprietário. Juntos, eles teriam lavado a casa.

Ele declarou, também, que “foi Uilma que colocou fogo no ‘lixo’ tirado”.

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