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Vida Urbana
TRÁFICO DE DROGAS

Ex-PM é suspeito de liderar grupo criminoso que vendia cocaína por delivery

Organização criminosa utilizava motoristas de aplicativo para fazer a entrega de drogas aos clientes

Mareu Araújo

Publicado: 26/11/2025 às 20:09

Ex-PM foi preso na operação

Ex-PM foi preso na operação "Cartas Negras (Foto: PCPE)

Um ex-policial militar é suspeito de liderar uma organização criminosa que vendia cocaína em envelopes de cartas de cor preta, através de delivery, na Zona Norte do Recife. O suposto chefe e um entregador foram alvos da Operação Cartas Negras, da Polícia Civil de Pernambuco, realizadas ontem.

O Diario de Pernambuco apurou que o líder seria Tiago Augustus Sabóia Leal Martins, de 35 anos. Ele foi preso em 11 de novembro após ser abordado por policiais no bairro do Arruda. De acordo com o boletim de ocorrência, o qual a reportagem teve acesso, ele já era monitorado pela Polícia Civil.

Na ocasião, segundo o documento, o suspeito teria “simulado colaborar” com a abordagem, mas “repentinamente deu ré com o veículo na direção dos policiais, obrigando-os a se desviar para evitar atropelamento e colidindo com a viatura descaracterizada”, diz o documento. Ao conseguir dar fuga, Tiago teria “se desfeito de entorpecentes e do celular”, que, posteriormente, foram recuperados pelo efetivo. Ele portava 780g de maconha e 270g de cocaína. No boletim, a Polícia afirma que ele portava uma arma de fogo, que foi lançada no canal durante a fuga.

Em coletiva, concedida nesta quarta-feira (26), o delegado Bruno de Ugalde, titular da Delegacia de Polícia de Roubos e Furtos de Veículos, afirmou que o “homem não tem mais nenhuma relação com a Polícia Militar”.

De acordo com o delegado, a investigação começou em junho de 2024 com a prisão de Manoel Francisco Ferreira Neto que estava com um carro roubado e clonado. Na vistoria do carro, os agentes encontraram 50 envelopes pretos, lacrados com adesivos do filme ‘V de Vingança’ e com invólucros contendo 1g de cocaína.

Em depoimento à polícia na época de sua prisão, ele afirmou desconhecer que o carro estivesse adulterado e disse que o veículo era alugado. O proprietário do carro, segundo Manoel, seria “um homem conhecido na localidade como Tiago”. Ele foi solto. Contra ele, há um mandado de prisão em aberto, também referente à Operação Cartas Negras. Ele é considerado foragido da Justiça. Além de Manoel, um outro líder do esquema também está foragido.

Cada carta, segundo o delegado, chegava a custar até R$ 100. O valor incluía, além do preço da droga, o valor da entrega, que passou a ser feita por entregadores contratados pelo grupo. De acordo com o delegado Bruno De Ugalde, os clientes eram pessoas de maior poder aquisitivo, moradores de bairros como Casa Forte, Espinheiro, Jaqueira e outros da Zona Norte da capital.

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