Caso Esther: "Mamãe vai te amar sempre, meu amor", diz mãe durante sepultamento da menina

“Mãe vai te amar sempre, meu amor. Que dor, Jesus! Que dor”, lamentou a mãe de Esther Isabelly durante o sepultamento da menina de 4 anos, encontrada morta dentro de uma cacimba no bairro Pixote, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife. A despedida aconteceu nesta quarta-feira (22), no cemitério municipal, reunindo uma multidão.

Enquanto o corpo da criança era sepultado, a mãe da menina se agarrou ao companheiro, o pai da vítima, Inaldo Santos, Juntos, eles se apoiaram no túmulo e choraram. Eles estavam cercados dos outros filhos e dos familiares.

Minutos antes, as pessoas presentes no cemitério pediram “justiça”, oraram e cantaram louvores em homenagem à menina. O corpo dela foi liberado na manhã desta quarta-feira do Instituto de Medicina Legal (IML), que apontou traumatismo cranioencefálico causado por um instrumento contundente.

A menina desapareceu na segunda-feira (20) e foi encontrado na terça-feira (21), em uma cacimba em uma casa localizada no mesmo bairro.

O corpo de Esther foi encontrado na terça-feira (21) em uma cacimba em uma casa localizada no mesmo bairro. O desaparecimento da menina mobilizou a vizinhança e amigos da família, que a encontraram cerca de 20 horas depois.

De acordo com a polícia, a menina estava de cabeça para baixo e dentro da água, no poço que tem cerca de 3,7 metros de profundidade. O tio da vítima, José Augusto, contou que um dos lados do rosto dela estava inchado.

No local em que Esther foi encontrada havia objetos supostamente usados em rituais religiosos e um preservativo, segundo o delegado Sérgio Ricardo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Os suspeitos, identificados como Fernando Santos de Brito, de 31 anos, e Fabiano Rodrigues de Lima, de 27, estão presos preventivamente por ocultação de cadáver. A investigação da Polícia Civil aponta que Fernando, que morava na casa onde Esther foi encontrada, havia pedido para que sua ex-companheira fizesse uma faxina no imóvel no dia em que a menina desapareceu.

A polícia também aponta que Fabiano já tinha passagens por roubo, furto e tráfico de drogas. Ele teria auxiliado na limpeza. Ambos negam ter participação no crime.