Caso Esther: suspeito bebeu com a mãe de menina achada em cacimba no dia do desaparecimento
A menina Esther Isabelly, de 4 anos, foi encontrada morta em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, após cerca de 21h desaparecida
Publicado: 22/10/2025 às 13:59

Esther Isabelly tinha 4 anos (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Em depoimento à Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), Fernanda Pereira Ramos, de 34 anos, a mãe da menina Esther Isabelly, 4, disse que bebeu com um dos presos suspeitos na segunda (20), dia em que a criança desapareceu. A menina foi encontrada morta, dentro de uma cacimba, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, no dia seguinte.
No depoimento, ao qual Diario de Pernambuco teve acesso, a mãe de Esther Isabelly também relata que chegou a procurar a filha na cacimba, quando a menina ainda estava desaparecida.
À Polícia Civil, Fernanda contou que, no dia do desaparecimento, estava em casa, onde mora com os filhos, acompanhada de um casal de amigos, que a convidaram para tomar cerveja. Os três teriam ido juntos comprar bebidas.
Por volta das 12h, Fernando Santos de Brito, de 31 anos, teria aparecido na casa da mãe da garota e se juntado ao grupo. Ele é um dos dois homens que foram presos, por ocultação de cadáver, após o corpo da criança ser encontrado.
De acordo com o relato, o suspeito teria ficado no local até às 16h30, quando saiu sem dizer para onde ia.
Desaparecimento
Durante o evento, três filhos de Fernanda, de 10, 8 e 7 anos, pediram para jogar futebol em um campo, vizinho a casa. A mãe, que autorizou, permaneceu na residência, com Esther e um filho mais velho, de 12 anos.
À Polícia, a mãe diz que, apesar de não ter autorizado que a menina acompanhasse os irmãos, percebeu que Esther já não estava na casa pouco depois. Ela chegou a perguntar do paradeiro para o mais velho, que não soube responder. Eram 16h40 quando decidiu ir ao campo, para procurar pela garota, segundo o documento.
Antes de sair de casa, Fernanda ainda teria guardado o som, a mesa e as cadeiras, usadas para beber com os amigos. Segundo relata, ela chegou ao campo de futebol por volta das 17h, onde encontrou apenas os meninos.
O filho de 8 anos disse que estava brincando com Esther, até o momento em que um homem passou e a pegou pelo braço. O garoto contou ainda que, na ocasião, Esther teria dado uma mordida no braço do homem. O menino ainda teria corrido atrás do homem, mas perdeu sua irmã de vista.
Foi o filho de 7 anos quem teria indicado a casa para onde Esther havia sido levada, de acordo com Fernanda. Ela teria ido até o local procurar a filha.
Segundo o depoimento, o outro suspeito, Fabiano Rodrigues de Lima, de 27 anos, estava no imóvel e permitiu que ela vasculhasse a cacimba e cômodos da casa. A mãe, no entanto, não encontrou a criança.
Após Esther ser localizada, já sem vida, Fabiano e Fernando, que também morava no imóvel onde a menina foi encontrada, foram autuados em flagrante por ocultação de cadáver. Eles não respondem, até o momento, por crime de homicídio.
Em interrogatório, ambos negaram participação na morte da criança. O Diario não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos.

