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Ação contra sequestro: quadrilha exigiu R$ 3,3 milhões em criptomoedas para liberar professora

Operação Silêncio Digital prendeu 4 suspeitos e rastreou pagamentos; professora aposentada que foi sequestrada ficou 12 horas em cativeiro

Cadu Silva

Publicado: 13/08/2025 às 14:06

Professora aposentada é sequestrada; quadrilha exige R$ 3,3 milhões em criptomoedas/Ascom/PCPE

Professora aposentada é sequestrada; quadrilha exige R$ 3,3 milhões em criptomoedas (Ascom/PCPE)

O caso de uma professora aposentada de 61 anos, sequestrada em março deste ano, no Recife, foi detalhado, nesta quarta (13), pela Polícia Civil pernambucana. 

Em entrevista coletiva concedida horas após quatro prisões, a polícia revelou que os criminosos exigiram cinco bitcoins, cerca de R$ 3,3 milhões, como resgate.

A vítima foi mantida em cativeiro por 12 horas até que parte do valor fosse pago.

A prisão dos envolvidos ocorreu na manhã desta quarta-feira (13), durante a Operação "Silêncio Digital".

A entrevista foi comandada pelo Delegado Adjunto do Grupo de Operações Especiais (GOE), Jorge Pinto.

Sequestro e extorsão

Segundo o delegado, o sequestro ocorreu no dia 21 de março de 2025, quando a professora deixava o Juizado Especial da Imbiribeira, na zona sul do Recife.

Durante a ação criminosa, ela foi seguida por um homem dentro do prédio, enquatnto outros dois comparsas aguardavam do do lado de foram em carro clonado. Ao deixar o local, a idosa foi colocada no veículo e levada para um cativeiro no munícipio de Olinda.

Os sequestradores sabendo que o filho da mulher, atuava na corretagem de criptomoedas, além de morar em Portugal, exigiram um pagamento cinco bitcoins - equivalente a R$ 3,3 milhões na cotação da época - para que a idosa fosse libertada.

A liberação da mulher foi realizada depois de 12h, no bairro de Ouro Preto, em Olinda, após o filho pagar um valor parcial de R$ 50mil.

Com o apoio do Cyberlab da Polícia Civil e do Ministério da Justiça, os investigadores rastrearam as transações em criptomoedas, identificaram todos os envolvidos e localizaram o veículo usado no sequestro, além de vestimentas utilizadas pelos autores.

“Mesmo com métodos digitais sofisticados, conseguimos monitorar todas as transações e identificar os responsáveis diretos”, afirmou o delegado.

Durante a operação, quatro mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca domiciliar foram cumpridos. Dois suspeitos foram presos em Extremoz, no Rio Grande do Norte, e outros dois em Pernambuco, em Olinda e Abreu e Lima. Entre os materiais apreendidos estavam celulares e roupas usadas durante o crime.

De acordo com a PCPE, os suspeitos responderão por extorsão mediante sequestro, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A polícia não descarta a ideia de haver outras pessoas envolvidas no crime.

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