Perícia confirma incêndio criminoso que destruiu 16 veículos da Prefeitura de Bom Conselho
O sinistro ocorreu por volta das 3h da manhã, na garagem da prefeitura. No total, foram destruídos 16 veículos, entre ônibus escolares, caminhões e tratores
Publicado: 31/07/2025 às 16:26

ônibus foram destruídos em incêndio (Divulgação)
A Prefeitura de Bom Conselho, no Agreste pernambucano, confirmou, nesta quarta-feira (30), que o incêndio que destruiu 16 veículos em um galpão municipal, na madrugada de 20 de junho, foi provocado de forma intencional. A informação consta em laudo técnico elaborado pela Polícia Científica de Pernambuco, que caracteriza o episódio como um ato criminoso.
Segundo o documento, assinado pelo perito criminal Kleber Rosalvo Alencar Cardoso, o fogo teve múltiplos focos distintos e independentes, o que descarta a hipótese de acidente. “O incêndio analisado apresenta características predominantes de ação criminosa em face da existência de origens distintas e independentes entre si”, aponta o laudo.
O sinistro ocorreu por volta das 3h da manhã, na garagem da prefeitura. No total, foram destruídos 16 veículos, entre ônibus escolares, caminhões e tratores, 13 deles estavam estacionados a uma distância inferior a um metro uns dos outros, o que contribuiu para a propagação rápida das chamas. Dois ônibus escolares estavam afastados do grupo principal e também foram consumidos pelo fogo, sem que houvesse uma “ponte térmica” natural entre eles e os demais. Isso reforçou a conclusão da perícia de que o incêndio foi provocado de forma deliberada.
As investigações iniciais indicaram que as chamas teriam começado em um caminhão de transporte de merenda escolar, estacionado no local. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conteve o fogo. No entanto, o calor intenso e a rápida propagação impediram que os veículos fossem salvos. A Polícia Militar isolou a área e a Polícia Civil iniciou os trabalhos investigativos ainda no dia do ocorrido.
Imagens de drone, divulgadas nas redes sociais da Prefeitura de Bom Conselho, mostraram a extensão dos danos e as carcaças dos veículos carbonizados. No local, havia câmeras de videomonitoramento, cujas imagens estão sendo analisadas.
De acordo com a perícia, o local não estava preservado quando os técnicos chegaram, já que o combate às chamas alterou vestígios importantes. Ainda assim, os peritos puderam constatar que não havia fonte elétrica nos pontos onde os veículos estavam estacionados e não foi identificada nenhuma ignição acidental. O relatório também descartou que a queima tenha sido causada por propagação natural do fogo, inclusive com influência do vento.
Em nota oficial, a Prefeitura lamentou os prejuízos ao patrimônio público e os impactos diretos sobre os serviços prestados à população. “O fato também é compreendido pela administração como um ataque ao trabalho sério que vem sendo realizado ao longo destes sete meses. Por esta razão, repudia com veemência o ato criminoso e agradece à Polícia Civil pela investigação conduzida de forma técnica e rigorosa”, afirmou a gestão municipal.
O laudo não estimou o valor do prejuízo financeiro causado pelo incêndio. A administração municipal também não detalhou como será feita a recomposição da frota destruída. No entanto, informou que continuará acompanhando de perto os desdobramentos da investigação e que não medirá esforços para que os responsáveis pelo crime sejam identificados e responsabilizados.

