"Ele arrancou de mim a minha filha", desabafa mãe de Emilly após confirmação da morte no HR
O suspeito, um homem de 49 anos, foi preso em flagrante no dia do ataque e autuado por tentativa de homicídio. Com a morte de Emilly, a tipificação do crime deverá ser revista
Larissa Aguiar e Nicolle Gomes
Publicado: 25/07/2025 às 11:33

Emilly Vitória, de seis anos, foi baleada na cabeça no últiom domingo (20), durante uma festa infantil em Jaboatão, no Grande Recife (Foto: Cortesia)
A pequena Emilly Vitória Guimarães, de apenas seis anos, não resistiu ao ferimento causado por um tiro na cabeça e teve a morte confirmada na manhã desta quinta-feira (25) pelo Hospital da Restauração (HR), no Recife. O corpo da criança seguiu para o Instituto de Medicina Legal (IML). A mãe de Emilly, Shirlane Xavier, cobrou justiça e se revoltou contra o autor dos disparos que atingiram sua filha durante uma festa de aniversário, no último domingo (20), no bairro de Jardim Jordão, em Jaboatão dos Guararapes.
“Ele arrancou de mim a minha filha. Com a oportunidade dela crescer. Só eu sei a dor que eu estou sentindo. Minha filha era um anjo, uma criança inocente, só tinha seis anos. Ela só foi se divertir na festa”, declarou Shirlane, emocionada.
O suspeito, um homem de 49 anos, foi preso em flagrante no dia do ataque e autuado por tentativa de homicídio. Com a morte de Emilly, a tipificação do crime deverá ser revista. De acordo com testemunhas, o homem invadiu a festa armado e disparou contra os convidados. A aniversariante, Lua Santos, de cinco anos, e Taywan Silva, de 19, também foram atingidos de raspão, mas já receberam alta após atendimento na UPA de Sotave.
“Eu quero justiça. Eu quero que ele pague. Que vá para a cadeia. O pai dele expulsou ele de casa. Ele nem morava mais lá. Eu dava lanche para o filho dele. Cuidava como se fosse meu. Como é que ele faz um negócio desse com a minha filha?”, questionou a mãe.
Shirlane contou ainda que os médicos realizaram todos os procedimentos possíveis ao longo da internação. “Fizeram vários exames, laudos de três médicos diferentes, mas não teve jeito. O médico disse que ela teve morte encefálica. A bala cruzou o cérebro da minha filha e parou tudo".
Segundo informações da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), o suspeito foi encaminhado à delegacia e permanece à disposição da Justiça. A motivação do crime ainda está sendo investigada, mas, conforme relatos, o homem teria alegado que estava sendo perseguido.
“Todo mundo viu ele com a arma na mão. Entrou numa festa de criança e atirou em vários lugares. Cadeia para ele é pouco. Quantas Emillys vão precisar ser mortas por causa desses bandidos?”, disse a mãe da menina.
O caso segue sob investigação da Força-Tarefa de Homicídios da Região Metropolitana Sul.
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