PF cumpre mandados contra crimes referentes ao abuso sexual infantil pela internet

Operação tem como objetivo combater comércio de pornografia sexual na internet (DIVULGAÇÃO/PF)

A Polícia Federal deflagrou, na última segunda-feira (14), a Operação Venda Proibida 1 e 2, visando combater a prática de possíveis crimes de armazenamento, divulgação e venda de imagens e vídeos contendo cenas de abuso sexual infantil.

Nesta quinta (17), a PF está cumprindo dois mandados de busca e apreensão no Recife e Jaboatão dos Guararapes. As investigações se referem a dois inquéritos policiais, cujas investigações se iniciaram entre os anos de 2023 e 2024.

Sob o comando da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos da Superintendência Regional da PF em Pernambuco (DELECIBER/PE), a operação tem como objetivo a apreensão de computadores, notebooks, celulares e mídias com potencial de armazenamento de arquivos de imagens e vídeos contendo cenas de abuso sexual de menores.

Todo o material eventualmente apreendido durante o cumprimento das medidas judiciais será submetido a exames periciais com vistas à identificação de evidências dos crimes relacionados ao abuso sexual infantil por meio da internet.

Nas buscas foram aprendidas mídias de computador, celulares e aparelhos eletrônicos, os quais passarão por perícia técnica e havendo material contendo pornografia infantil. Os suspeitos poderão responder pelo crime de armazenamento, divulgação e venda de conteúdo pornográfico infantil, cujas penas somadas podem variar de 8 a 18 anos de reclusão.

De acordo com o chefe de Comunicação da Polícia Federal em Pernambuco, Giovanni Santoro, um dos suspeitos, ao perceber que a perícia havia identificado conteúdo infanto-juvenil em seu equipamento digital, ingeriu uma substância desconhecida e antes de ser interrogado passou mal e precisou ser levado para o Hospital da Restauração.

Ele foi entubado pela equipe médica e estava sob escolta da Polícia Federal até a melhora do seu quadro clínico. Segunda a PF, no entanto, a Justiça lhe concedeu liberdade provisória, não ficando mais sob vigilância polícia.

Orientação para os pais

A PF reforça a importância da vigilância dos pais sobre o comportamento dos filhos, tanto na internet quanto no dia a dia.

“Os pais precisam manter um diálogo franco e aberto com os filhos todos os dias. No menor sinal de perigo, a criança se sentirá à vontade para relatar o que está acontecendo.” destaca Giovanni.

Ele ainda reitera que os pais devem entender que eles estão ali para ajudar, proteger e salvaguardar seus filhos.

“Mudanças de comportamento, como não querer mais ir à escola, evitar a aproximação de determinados adultos ou apresentar sinais de depressão, são alertas importantes. Nesses casos, é fundamental procurar um psicólogo, que é o especialista em identificar possíveis situações de abuso.”, pontuou.

O chefe de Comunicação da PF, ainda apresenta um outro ponto de atenção, que é o uso de celulares e computadores. “Muitos pais acham que o quarto da criança onde estão os celulares e computadores, é um ambiente seguro, mas, na verdade, ele pode se tornar um ‘cativeiro virtual’. Criminosos costumam ameaçar as vítimas dizendo que vão matar os pais ou divulgar fotos íntimas, e isso mantém a criança sob controle do agressor. Por isso, os pais precisam orientar os filhos e acompanhar de perto suas interações on-line.”