Ciúme pode ter motivado a morte de detento em presídio no Curado
Outra hipótese levantada na ocorrência é que os envolvidos teriam desavenças da época em que cumpriam pena no Presídio de Igarassu
Publicado: 26/06/2025 às 12:25

Esse é o segundo caso de um detento morto asfixiado em pouco mais de um mês (Foto: Hesiodo Góes/Secom)
A morte do detento Jailson Paixão do Nascimento Filho, registrada nesta quarta-feira (25), dentro do Presídio Policial Penal Leonardo Lago (PLL), que faz parte do Complexo do Curado, na Zona Oeste do Recife, pode ter sido motivada por ciúmes.
De acordo com o auto de prisão, obtido pelo Diario de Pernambuco, o suspeito, identificado como Jailson Francisco do Nascimento Junior, confessou que havia matado a vítima com um lençol, alegando que o mesmo teria “dado em cima” da mulher dele.
Outra hipótese levantada no auto de prisão é que os dois envolvidos teriam alguma desavença na época em que ambos cumpriam pena no Presídio de Igarassu.
Outro detento que ficava com os envolvidos na cela 18, local onde o corpo da vítima foi encontrado, negou a participação na ocorrência, alegando que estava dormindo no momento do crime.
Jailson Junior foi autuado pela Polícia Civil de Pernambuco em flagrante delito por homicídio consumado. Um inquérito foi instaurado e outras informações poderão ser repassadas após a completa elucidação dos fatos.
Por meio de nota, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco (SEAP) informou que todos os procedimentos legais e administrativos cabíveis foram adotados. Além disso, a SEAP informou que instaurou procedimento interno para apuração dos fatos e de eventuais responsabilidades.
Outro caso de detento asfixiado
Esse é o segundo caso em pouco mais de um mês em que um detento é morto asfixiado dentro do Presídio Policial Penal Leonardo Lago (PLL). No dia 22 de maio, um homem identificado como Otacílio Alves Frutuoso, de 42 anos, também foi morto asfixiado. Na época, sete suspeitos foram autuados em flagrante pelo homicídio.
No inquérito, obtido na época pelo Diario de Pernambuco, a Polícia Civil registrou que o principal motivo do crime seria “desentendimento no grupo criminoso”.
Conforme o depoimento dos assassinos confessos, Otacílio pertenciam a CLS, facção rival, e estaria ameaçando os demais.
Ainda segundo os relatos, a vítima foi imobilizada por dois dos presos com um mata-leão. Outros três ficaram responsáveis por segurar, o corpo, as pernas e os braços de Otacílio. O detento foi sufocado por cerca de 15 minutos.
Em seguida, os presos ainda verificaram o pulso da vítima, deram banho no corpo e o colocaram em cima de uma beliche. Após o assassinato, parte dos autores foi dormir. Outra ficou jogando dentro da cela, segundo os depoimentos.

