Redes irregulares de telecomunicações já causaram 483 incêndios este ano
Os dados fazem parte de um balanço da Neoenergia. Em 2024 foram 1.100 incêndios
Publicado: 19/05/2025 às 17:25

Neoenergia removeu 100 toneladas de cabos e caixas irregulares no ano passado(Foto: Divulgação/Neoenergia)
Somente este ano, 483 incêndios foram provocados por redes irregulares de telecomunicações instaladas em postes em Pernambuco. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (19) pela Neoenergia, que ainda contabilizou 1,1 mil ocorrências desse tipo em 2024.
Segundo a distribuidora, os focos de incêndio em postes têm relação direta com o acúmulo de fios e caixas instalados por empresas de internet sem o devido critério técnico. “Quando esses cabos entram em curto, o fogo se espalha rapidamente, inclusive provocando o rompimento de fios de energia. Isso representa risco de choques elétricos, interrupção no fornecimento e danos à vida das pessoas”, explica Fábio Barros, gerente operacional da Neoenergia Pernambuco.
Para combater futuros incêndios, a Neoenergia removeu 100 toneladas de cabos e caixas irregulares no ano passado. Nos últimos quatro anos, o total já ultrapassa 310 toneladas. A empresa atua com base nas resoluções conjuntas da Aneel e Anatel, que determinam que qualquer ocupação dos postes deve seguir normas técnicas rigorosas.
Além das empresas que descumprem os padrões, a distribuidora também enfrenta casos de ocupações clandestinas, em que os provedores instalam seus cabos sem autorização e sem qualquer controle. Essas instalações improvisadas, além de poluírem visualmente as cidades, sobrecarregam a estrutura dos postes, aumentam o risco de incêndios e comprometem a integridade da rede elétrica.
“Nossa prioridade é proteger vidas. A retirada dos cabos fora do padrão é uma medida de segurança urgente e necessária”, reforça Barros. A empresa também notifica regularmente as operadoras para que adequem suas redes conforme os critérios estabelecidos pelas agências reguladoras.

