Defesa do general Heleno diz que "agenda do golpe" era "suporte de memória"
O defensor de Heleno questionou o uso de uma agenda do general como prova da participação na trama do golpe, como alegou a Procuradoria geral da República (PGR)
Publicado: 03/09/2025 às 10:29

Julgamentos da Ação Penal 2668 - Núcleo 1. Defesa do General Augusto Heleno (Rosinei Coutinho/STFF)
O advogado Matheus Milanez, que defende o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo de Jair Bolsonaro, foi o primeiro a apresentar alegações, nesta quarta (3), no segundo dia do julgamento dos acusados de tramar um golpe de estado, no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.
Heleno, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais seis ex-integrantes do governo federal são julgados esta semana.
O defensor de Heleno questionou o uso de uma agenda do general como prova da participação na trama do golpe, como alegou a Procuradoria geral da República (PGR).
A PGR disse que o general fazia estudos para o arcabouço legal do golpe.
De acordo com a acusação, a agenda “continha anotações propondo, por exemplo, que a Advocacia-Geral da União (AGU) fizesse um parecer que desse respaldo ao descumprimento de ordens judiciais”.
Para o advogado, "essa agenda era somente um suporte da memória do próprio general", que não era utilizada nas reuniões de trabalho do governo.

