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Tabata defende Alckmin mas diz que PSB apoiaria Lula mesmo sem vice: "Não depende de cargo"

Ao lado de Pedro Campos (PSB), deputada federal Tabata Amaral participou do Seminário Construindo o novo Plano Nacional de Educação no Recife

Guilherme Anjos

Publicado: 04/08/2025 às 14:03

Deputada federal Tabata Amaral (PSB) participou do Seminário Construindo o novo Plano Nacional de Educação, no Recife/Foto: Wesley D’Almeida/Divulgação

Deputada federal Tabata Amaral (PSB) participou do Seminário Construindo o novo Plano Nacional de Educação, no Recife (Foto: Wesley D’Almeida/Divulgação)

Em visita ao Recife, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) saiu em defesa do vice-presidente Geraldo Alckmin, que integra o seu partido, diante dos rumores de que o cargo no governo Lula (PT) poderia ser negociado com algum partido do Centrão para as eleições de 2026.

Apesar de defender a continuidade de Alckmin na chapa, Tabata afirmou, ao Diario, que o PSB “não depende de cargos” para ficar ao lado dos petistas contra a extrema-direita.

“O PSB tem lado e sempre teve. E o nosso lado sempre vai ser o do Brasil, do povo e contra a extrema-direita. Não dependemos de cargo nenhum, de condição nenhuma, para fazer o que é certo. Não temos dúvida”, disparou a parlamentar. Ela participou, nesta segunda (4), do Seminário Construindo o Novo Plano Nacional de Educação, no auditório da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Apesar da posição, Tabata acredita “com convicção profunda” que Alckmin é o nome mais preparado para exercer o cargo em um possível quarto mandato de Lula.

“Não existe melhor pré-candidato, um melhor vice-presidente, do que o nosso Geraldo Alckmin. Se alguém tinha alguma dúvida, essa dúvida deixou de existir depois do tarifaço”, declarou.

“O Brasil vem sendo atacado por um governante autoritário, Donald Trump, que defende o interesse de empresas americanas. E o que o nosso vice-presidente Alckmin está fazendo é, com visão estratégica, experiência, tranquilidade e serenidade, negociar e defender os interesses da soberania brasileira”, complementou.

Ao Diario, o deputado federal Pedro Campos (PSB) também defendeu a construção em torno da repetição da chapa no ano que vem. Ele avaliou que Alckmin foi “fundamental na eleição” e “tem ajudado muito Lula a governar”.

“Nosso congresso reafirmou que o PSB estará no palanque do presidente Lula e que nós desejamos continuar com a indicação de Alckmin. Tenho certeza que vai ajudar muito na eleição do ano que vem. Esse compromisso já está firmado. Eu dizia que ele era o melhor vice da história recente, mas eu já estou começando a dizer que ele é o melhor vice da história do Brasil”, afirmou.

Nos bastidores do PSB, a manutenção de Geraldo Alckmin na chapa é tida como uma das condições impostas pelo presidente nacional da legenda, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), para que o partido mantenha palanque para Lula no próximo ano.

Nos últimos meses, cresceram os rumores de que Lula poderia negociar a vice com partidos do Centrão, à exemplo do MDB e do PSD. Dessa forma, não apenas conseguiria uma base mais sólida caso seja eleito, mas também diminuiria os palanques da direita nas eleições.

Outra condição do prefeito do Recife seria o apoio exclusivo de Lula a sua candidatura ao Governo de Pernambuco em 2026. O presidente trocou acenos com a governadora Raquel Lyra (PSD), principal adversária de João, levantando a possibilidade do petista ter “dois palanques” no Estado.

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