Formação do Congresso reflete fragmentação ideológica
Composição do Congresso, formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, revela os contornos ideológicos e partidários que moldam as decisões do Legislativo
Publicado: 21/07/2025 às 06:00

Plenário do Senado (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo)
A atual composição do Congresso Nacional revela uma fragmentação partidária que combina espectros ideológicos diversos e desafios práticos para a articulação política no Palácio do Planalto. Segundo levantamento do portal Congresso em Foco, a maioria dos parlamentares se declara de centro-direita ou direita, o que reforça a necessidade de negociações constantes para que o governo avance com pautas estratégicas.
De acordo com dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 23 partidos e três federações têm representação ativa na Câmara dos Deputados, enquanto o Senado abriga 15 legendas com cadeiras ocupadas.
Na Câmara, forças de centro-direita como PL, PP, Republicanos e União Brasil detém parte significativa das cadeiras. O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, lidera a Casa com 96 deputados, seguido por partidos do centrão como União (59) e PP (49).
Juntas, essas siglas articulam parte expressiva das votações e se posicionam como bloco essencial para aprovações legislativas e pode ser considerado o “núcleo duro" do centrão.
No campo progressista, o PT ocupa a segunda maior bancada (68 deputados) e lidera a Federação Brasil da Esperança, que inclui ainda PCdoB e PV. Mesmo assim, a coalizão governista depende de alianças variáveis para garantir maioria.
O Senado apresenta perfil menos pulverizado, mas igualmente decisivo.
PL, PSD, MDB e União Brasil somam 58 das 81 cadeiras. A correlação de forças mostra que, apesar de a polarização estruturar parte do debate nacional, o centro político – representado por partidos historicamente pragmáticos – continua a ditar os rumos das votações mais sensíveis.

