Televisão Caity Lotz, de Legends of Tomorrow, defende representatividade e feminismo Segunda temporada da série estreia nesta quinta-feira, às 20h40, na Warner Channel

Por: Fernanda Guerra - Diario de Pernambuco

Publicado em: 27/10/2016 08:20 Atualizado em: 27/10/2016 12:23

Intérprete da heroína Canário Branco, Caity Lotz dispensa dublês. Foto: CW/Divulgação
Intérprete da heroína Canário Branco, Caity Lotz dispensa dublês. Foto: CW/Divulgação


Vancouver (CAN) - Com a derrota de Vandal Savage, os personagens de Legends of tomorrow enfrentarão novos vilões na segunda temporada. Flash Reverso, Damien Darhk, Capitão Frio e Malcolm Merlyn formam a Legião do Mal, uma das novidades da segunda temporada. Os novos episódios começam a ser exibidos a partir desta quinta-feira, às 20h40 (horário do Recife), na Warner. Na retomada, alguns personagens ganham mais evidência na produção. É o caso de Sara Lance ou Canário Branco, personagem de Caity Lotz.

Segundo a atriz, responsabilidade é a palavra-chave da heroína nos novos episódios. "Ela está definitivamente mais forte, tem mais senso de responsabilidade. Tenho a impressão de que antes ela estava um pouco no banco de reservas, um pouco coadjuvante", compara a atriz, em entrevista a jornalistas estrangeiros. Na primeira temporada, ela viveu um romance lésbico, o que a atriz exerga como uma forma de desconstrução de preconceitos. Dançarina e aluna de esgrima, a atriz dispensa dublês nas cenas de ação.

A expectativa para o crossover entre as quatro séries da CW - Arrow, Flash, Supergirl e Legends of tomorrow - também toma conta do elenco de Legends. "Eu li os scripts. Absolutamente, eu amo os cruzamentos entre as séries de superheróis. Há várias possibilidades de encontro. Isso rende muitas histórias", destaca Caity. O segundo ano da série possui 13 episódios, três a menos que a primeira.

>> Entrevista com Caity Lotz

Como enxerga a personagem Sara na segunda temporada da série?
Ela está definitivamente mais forte. Tenho a impressão de que antes ela estava um pouco no banco de reservas, um pouco coadjuvante. Ela tem mais responsabilidades agora, mais senso de responsabilidade também. Para ela, a palavra-chave dessa temporada é responsabilidade. Vocês viram Sara se torturando em muitos momentos por ser quem ela é, como ela é... E eu acho que, num determinado momento, ela se liberta. É como se ela pensasse: certo, foi isso que aconteceu comigo, é isso que eu tenho agora, e estou bem com tudo isso. Ela fica menos presa ao que é certo ou errado. Eu não sei como vai se desenrolar a jornada de Sara. Não quero dizer que ela estará má nessa temporada, que será uma vilã, mas ela estará mais condescendente, aceitando mais sua realidade, sua personalidade...

Você poderia falar um pouco sobre a sua preparação física, sobre como se prepara para viver as cenas de luta e ação?
Eu era dançarina. Eu dançava antes mesmo de me tornar atriz. Eu sempre fui uma pessoa preocupada com a questão física, sempre fui fisicamente ativa. Isso foi um facilitador para mim. Tive muita sorte. Ganhei preparo físico fazendo breakdance. Eu já treinei muay thai, krav maga... E depois de dar vida a Sara, depois que entrei para Legends, comecei a fazer mais coisas, como treinos de esgrima, nos quais às vezes usamos facas e outros tipos de armas. Mais de uma arma. Isso me ajudou muito. É como ser uma heroína, é como se eu estivesse o tempo todo em Legends. Eu treino com Danny Inosanto, ele tem mais de 70 anos e é um mestre das artes marciais. Ele é conhecido por ter introduzido Bruce Lee nas artes marciais. Ele é uma lenda. Nós sempre pensamos na minha personagem, em como ela luta, nas características de luta dela.

A questão sexual em torno da sua personagem abre novas portas na televisão?
Sim, eu creio que sim. Quando encontro fãs, eu percebo o quanto é importante para as garotas se sentirem representadas pela minha personagem. Hoje, a televisão e as pessoas em geral estão mais abertas à liberdade sexual. Sinto que esse tipo de representação é importante, ainda, para quem não entende bem essas questões de designação sexual... Quando aquilo aparece na televisão da sua sala de estar toda semana, aquilo passa a ser normal. As pessoas dizem "ok, é isso". É uma forma de desconstruir preconceitos, 'normatizar' algo que é normal mas nem sempre é visto como tal.

Você acha que dar vida a uma personagem tão forte na TV é uma inspiração para outras garotas, especialmente as garotas que amam HQs e nem sempre veem heroínas na TV?
Sim, sem dúvidas. Eu sinto que é importante representar as personagens das HQ’s, sobretudo quando elas não são hipersexualizadas. Eu amo fazer isso. É mais do que fazer com que essas meninas se sintam mais fortes, queiram ser mais forte, mas é fazer com que se sintam representadas.



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