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Dos mais de 78 mil quilombolas de Pernambuco, pouco mais de 6 mil viviam em territórios oficiais, diz Censo 2022

As informações foram divulgadas, nesta sexta (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Publicado em: 09/05/2025 15:23 | Atualizado em: 09/05/2025 15:43

Censo aponta situação de comunidades quilombolas no Estado   (Foto: Arquivo )
Censo aponta situação de comunidades quilombolas no Estado (Foto: Arquivo )
O Censo de 2022 aponta dados sobre a situação das comunidades quilombolas em Pernambuco. 
 
Segundo informações divulgadas, nesta sexta (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na época do levantamento, o Estado tinha uma população quilombola de 78.864 pessoas, distribuídas entre áreas urbanas (31,77%) e rurais (68,23%). 
 
Desse total, apenas 6.769 viviam em demarcações de território quilombola.
 
Ainda segundo o IBGE, a avaliação dos territórios quilombolas oficialmente delimitados aponta que 19,63% dos moradores, quilombolas ou não, viviam em áreas urbanas, e 80,37% em áreas rurais. 
 
Além disso, a  população residente em áreas rurais desses territórios era majoritariamente jovem, com 50,79% tendo 29 anos ou menos de idade.
 
A pesquisa também revelou diferenças significativas na razão de sexo entre áreas urbanas e rurais. Em áreas urbanas, foram identificados cerca de 90 homens quilombolas para cada 100 mulheres.
 
Em áreas rurais, essa relação era de 102 homens para cada 100 mulheres.
 
Os dados mostraram que a taxa de alfabetização dos quilombolas em áreas rurais era de 79,78%, enquanto em áreas urbanas era de 78,26%.
 
Existe uma diferença de de 1,52%. Além disso, a taxa de alfabetização fora dos Territórios Quilombolas ainda era bem maior nas áreas urbanas (80,28%) que nas áreas rurais (70,19%).


Serviços

A pesquisa também destacou a precariedade em serviços básicos, como esgotamento sanitário e acesso à água. 
 
Nos Territórios Quilombolas, 10,09% dos moradores, em áreas urbanas, e 59,84%,  em áreas rurais,  não tinham acesso a esgotamento sanitário adequado. 
 
O acesso à  água em condições precárias atingia 12,92% das áreas urbanas e 28,87% das áreas rurais desses territórios.
 
O IBGE também apontou a falta de banheiro de uso exclusivo para pessoas que moram em territórios quilombolas.
 
Essa proporção era de 23,05% nas áreas rurais enquanto em áreas e urbanas era de 3,17% de pessoas que não tinham acesso a banheiro exclusivo.
 
A pesquisa mostrou que 99,21% das crianças quilombolas de até 5 anos tinham registro de nascimento em Pernambuco, com apenas 0,43% das crianças em situação rural sem registro. 
 
Com relação os óbitos, o Censo encontrou que, entre agosto de 2021 e julho de 2022, foram contabilizados 589 óbitos em domicílios particulares com pelo menos um morador quilombola no Estado.

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