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Crime brutal

Suspeita de matar garoto Artur cumpre prisão preventiva e alegou ter sofrido violência policial

Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) fez um relato de todo o caso que aconteceu em Tabira, no Sertão pernambucano

Publicado em: 20/02/2025 14:10 | Atualizado em: 20/02/2025 14:16

Frajola foi linchado e Giselda cumpre prisão preventiva  (Foto: Redes Sociais )
Frajola foi linchado e Giselda cumpre prisão preventiva (Foto: Redes Sociais )
A suspeita de matar o garoto Artur Ramos, de 2 anos, em Tabira, no Sertão pernambucano, alegou ter sofrido violência policial, durante a prisão, e cumpre prisão preventiva decretada pela Justiça, segundo  o TJPE. 
 
Giselda da Silva Andrade e Antônio severo foram  apontados como responsáveis por tortura, violência sexual e homicídio da criança.
Conhecido como Frajola, Antônio foi retirado da viatura da Polícia Militar, logo após ser preso, e espancado até a morte, no meio da rua. 
 
O linchamento evidenciou a revolta da população com a morte de Artur e levou a  governadora Raquel Lyra a falar em “barbárie” e que erros “devem ser enxergados”. 
 
Segundo o TJPE,  depois da morte de Frajola, Giselda foi levada para a audiência de custódia, em Afogados da Ingazeira, também no Sertão. 
 
Essa audiência foi realizada para atestar o procedimento de prisão, mas não iria cancelar a captura, que já tinha sido decretada. 
Como aconteceram os registros da morte de Frajola, um dos investigados, e a suposta violência policial alegada por Giselda, o tribunal deverá apurar  os casos de  “forma independente e exclusiva”.

Por meio de nota, o TJPE explicou tudo o que aconteceu no caso Artur.

Na  segunda-feira (17), foi emitido um  mandado de prisão contra o casal.
 
A criança tinha sido encontrada morta no domingo (16). 
Antes da decisão judicial,  o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) deu parecer favorável pela prisão do casal.

O cumprimento do mandado de prisão ocorreu na tarde da terça-feira (18). 
 
Durante a condução do casal para a Delegacia de Polícia de Tabira, ocorreu a abordagem do comboio policial pela população e ocorreu o linchamento de um dos investigados.

Na manhã de quarta-feira (19),  Giselda da Silva Andrade foi submetida à audiência de custódia.
 
Ela  relatou que foi vítima de violência policial. 
“Quando isso ocorre, o juiz plantonista tem por obrigação encaminhar o relato para a Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social das Polícias Militar e Civil, para ser apurado tal fato”, acrescentou o TJPE. 

Em relação ao homicídio da criança, o Poder Judiciário não poderá prestar mais esclarecimentos neste momento, porque a investigação do caso tramita em sigilo.

“Quanto ao linchamento e homicídio de um dos investigados, certamente haverá inquérito policial exclusivo e posterior processo judicial exclusivo, para ser apurado todos os detalhes dessa ocorrência”, disse o TJPE. 


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