![Frajola foi linchado e Giselda cumpre prisão preventiva (Foto: Redes Sociais ) Frajola foi linchado e Giselda cumpre prisão preventiva (Foto: Redes Sociais )]() |
Frajola foi linchado e Giselda cumpre prisão preventiva (Foto: Redes Sociais ) |
A suspeita de matar o garoto Artur Ramos, de 2 anos, em Tabira, no Sertão pernambucano, alegou ter sofrido violência policial, durante a prisão, e cumpre prisão preventiva decretada pela Justiça, segundo o TJPE.
Giselda da Silva Andrade e Antônio severo foram apontados como responsáveis por tortura, violência sexual e homicídio da criança.
Conhecido como Frajola, Antônio foi retirado da viatura da Polícia Militar, logo após ser preso, e espancado até a morte, no meio da rua.
O linchamento evidenciou a revolta da população com a morte de Artur e levou a governadora Raquel Lyra a falar em “barbárie” e que erros “devem ser enxergados”.
Segundo o TJPE, depois da morte de Frajola, Giselda foi levada para a audiência de custódia, em Afogados da Ingazeira, também no Sertão.
Essa audiência foi realizada para atestar o procedimento de prisão, mas não iria cancelar a captura, que já tinha sido decretada.
Como aconteceram os registros da morte de Frajola, um dos investigados, e a suposta violência policial alegada por Giselda, o tribunal deverá apurar os casos de “forma independente e exclusiva”.
Por meio de nota, o TJPE explicou tudo o que aconteceu no caso Artur.
Na segunda-feira (17), foi emitido um mandado de prisão contra o casal.
A criança tinha sido encontrada morta no domingo (16).
Antes da decisão judicial, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) deu parecer favorável pela prisão do casal.
O cumprimento do mandado de prisão ocorreu na tarde da terça-feira (18).
Durante a condução do casal para a Delegacia de Polícia de Tabira, ocorreu a abordagem do comboio policial pela população e ocorreu o linchamento de um dos investigados.
Na manhã de quarta-feira (19), Giselda da Silva Andrade foi submetida à audiência de custódia.
Ela relatou que foi vítima de violência policial.
“Quando isso ocorre, o juiz plantonista tem por obrigação encaminhar o relato para a Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social das Polícias Militar e Civil, para ser apurado tal fato”, acrescentou o TJPE.
Em relação ao homicídio da criança, o Poder Judiciário não poderá prestar mais esclarecimentos neste momento, porque a investigação do caso tramita em sigilo.
“Quanto ao linchamento e homicídio de um dos investigados, certamente haverá inquérito policial exclusivo e posterior processo judicial exclusivo, para ser apurado todos os detalhes dessa ocorrência”, disse o TJPE.