Soluções digitais

Prefeitura do Recife investe em integração de aplicativos para combate à pandemia

Publicado em: 28/05/2020 09:40

O aplicativo Atende em casa já foi ampliado pelo governo do Estado e hoje já atinge 80% dos municípios pernambucanos (Andrea Rêgo Barros/ Divulgação)
O aplicativo Atende em casa já foi ampliado pelo governo do Estado e hoje já atinge 80% dos municípios pernambucanos (Andrea Rêgo Barros/ Divulgação)
A integração de aplicaitvos desenvolvidos pelo Ministério Público de Pernambuco, Porto Digital e Secretaria de Saúde do Recife, vai auxiliar o poder público a combater o avanço da pandemia na capital pernambucana. Participaram deste processo os aplicativos Dycovid, que calcula e alerta as pessoas sobre o risco de contaminação do novo coronavírus, e o Atende em Casa, ferramenta da PCR e do Governo do Estado que fornece teleatendimento a pacientes com suspeita do novo coronarírus.
 
As informações foram passadas em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (27). A integração das plataformas vai permitir que os usuários do Dycovid, com classificação de risco pelo sistema da plataforma recebam orientações ou teleatendimento do Atende em Casa. Com a ação, a Prefeitura passa a compor a plataforma “Estamos Conectados”, que reúne um grupo de soluções que foram desenvolvidas para promover estratégias para minimizar os impactos da pandemia.

“A soma das ferramentas vai ser muito importante para o processo de retomada que será feito no momento da flexibilização do isolamento. Eu gostaria de agradecer ao Ministério Público pela iniciativa, é uma atitude que certamente vai ajudar a salvar muitas vidas”, avaliou o prefeito Geraldo Julio.

O aplicativo “Dycovid - Dynamic Contact Tracing” mapeia, de forma anônima, o risco de contaminação, levando em consideração a proximidade entre os celulares das pessoas que estão cadastradas na ferramenta e a duração do encontro.

O aplicativo está disponível para os celulares com sistema operacional Android e Apple. Ele foi desenvolvido durante o Desafio Covid-19, uma iniciativa de inovação aberta do MPPE, do Porto Digital e da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE).

Para apontar o grau de risco de contaminação, o sistema apresenta o status individual de cada usuário dividido por nível, tendo como base o contato com pessoas e/ou lugares infectados. O nível zero significa que não existiu contato com nenhuma pessoa infectada desde o momento em que o aplicativo foi instalado. Já o nível um, aponta que houve contato com um ou mais infectados, com uma proximidade de menos de oito metros por, pelo menos, três minutos. O nível dois indica que existiu proximidade com uma ou mais pessoas contaminadas a menos de cinco metros por, pelo menos, sete minutos. O nível 3 significa que o usuário esteve a menos de três metros de pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus por, no mínimo, dez minutos. O aplicativo é atualizado a cada seis horas, e o status pode mudar.

Ao mapear o status de cada usuário, o “Dycovid - Dynamic Contact Tracing” vai disponibilizar o acesso ao aplicativo Atende em Casa para as pessoas que estejam nos níveis de risco um, dois e três. Quem apresentar sintomas de gravidade passará por uma avaliação prévia e, se necessário, receberá teleatendimento por vídeochamada com enfermeiro ou médico, além de ser monitorado. Os usuários de risco três ainda terão direito a fazer um teste rápido para Covid-19, após 21 dias do primeiro acesso ao aplicativo da Prefeitura e do Governo.

Outra novidade que a integração do “Atende em Casa” com o “Dycovid - Dynamic Contact Tracing” vai proporcionar que os pacientes com testagem positiva para a Covid-19 possam ser telemonitorados por profissionais de saúde por, aproximadamente, 15 dias após o início dos sintomas. 

“Lá dentro do Dycovid já vai ter o Atende em Casa, e as pessoas vão ser mapeadas de acordo com o risco que a ferramenta identifica. Por isso a importância de que todos baixem o aplicativo, porque ele acaba sendo um grande concentrador de serviço. Ao instalar o aplicativo e permitir os dados de geolocalização, cada celular gera chaves aleatórias que vão mudando, garantindo a privacidade. Tudo fica guardado de forma segura e criptografado”, explicou o promotor de Justiça e secretário de Tecnologia e Inovação, Antônio Rolemberg.

Ainda segundo Rolemberg, os dados dos usuários estão assegurados. "Quero tranquilizar a população porque o DyCovid tem uma política de privacidade muito forte. Ao instalar o aplicativo e permitir os dados de geolocalização, o próprio celular gera chaves aleatórios que vão mudando para garantir a privacidade. A informação enviada para o aplicativo é apenas o contato dessas chaves. Então não precisa fazer cadastro, só precisa informar um número de celular, que não será armazenado", garante.

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