Educação

Após cortes, reitores de Pernambuco participam de reunião para discutir ameaças à autonomia universitária

Publicado em: 06/05/2019 11:51 | Atualizado em: 06/05/2019 11:56

Reunião de reitores acontece no campus Recife da UFPE. Foto: Ricardo Fernandes/DP.
O contingenciamento de R$ 7,4 bilhões do Ministério da Educação (MEC) será discutido por reitores de instituições federais de Pernambuco nesta quarta-feira (8). A Academia Pernambucana de Ciências e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) realizam o evento aberto ao público "Ameaças à autonomia universitária" às 14h30, no auditório do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Coordenada pelo ex-reitor da UFPE Amaro Lins, a mesa-redonda contará com a participação dos reitores Anísio Brasileiro (UFPE), Anália Ribeiro (Instituto Federal de Pernambuco), Julianeli Tolentino (Universidade Federal do Vale do São Francisco), Maria José Sena (Universidade Federal Rural de Pernambuco) e Pedro Falcão (Universidade de Pernambuco).

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Às 16h30, também no evento, haverá um momento para apresentação de propostas dos candidatos à Reitoria da UFPE, os professores Alfredo Gomes, Daniel Rodrigues, Edilson Souza, Florisbela Campos e Jeronymo Libonati.

Cortes

O Ministério da Educação anunciou, no último dia 30, que todas as universidades federais do país sofrerão corte de 30% em seus orçamentos. A medida foi tomada após a pasta ser alvo de críticas por ter reduzido as verbas destinadas à Universidade de Brasília (UnB), à Universidade Federal Fluminense (UFF) e à Universidade Federal da Bahia (UFBA).

A diminuição dos recursos das três instituições tinha sido anunciada pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada no dia 29. Ele justificou que as reduções no orçamento da UnB, da UFF e da UFBA foram definidos porque as três instituições estariam com sobra de dinheiro para "fazer bagunça e evento ridículo".

Já a informação sobre o corte em todas as federais foi dada pelo secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Barbosa de Lima Junior. De acordo com ele, trata-se de um bloqueio, de “forma preventiva” e que ocorrerá “sobre o segundo semestre”. Antes do anúncio de que a determinação será estendida a todas as instituições federais, o Congresso já se movimentava para judicializá-la. O Partido Socialista Brasileiro (PSB), por exemplo, anunciou que vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) ajuizar uma Arguição de Descumprimento de Preceitos Fundamentais contra a medida do ministro e solicitando a liberação dos recursos bloqueados.

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