Justiça

Marcado julgamento de acusados da morte do médico Artur Eugênio

Júri acontecerá no Fórum de Jaboatão e poderá durar até cinco dias

Publicado em: 04/12/2018 08:11 | Atualizado em: 05/12/2018 18:40

Arquivo/DP

Começa na próxima segunda-feira (10) e pode durar até cinco dias o julgamento de dois acusados pela morte do médico Artur Eugênio de Azevedo Pereira, em maio de 2014. O médico Claudio Amaro Gomes, que seria o mandante do crime, e Jailson Duarte César, que seria o intermediário para contratação e demais contatos com os executores, vão ser julgados pelo Tribunal do Júri da Comarca de Jaboatão dos Guararapes. O despacho da juíza Inês Maria de Albuquerque Alves foi publicado, definido os procedimentos que acontecerão no Fórum de Jaboatão, que fica na BR-101 Sul, na Muribeca.

A expectativa de Gilberto Marques, advogado que agora integra a equipe do advogado Bráulio Lacerda, que acompanha o processo desde as primeiras diligências do caso, é a de que o júri absorva o médico. O advogado apresentou documento em que o Conselho Federal de Medicina suspendeu o julgamento. "Estava dentro do avião para fazer a defesa de Claudio em Brasília perante o Conselho Federal de Medicina quando fui informado que o julgamento tinha sido suspenso. Além disso, houve um pedido para realizar diligências, isto é, novas investigações", contou o advogado atual do médico Claudio. 
 
O processo qual Claudio Amaro respondia era ético profissional de natureza administrativa. Em abril, ele teve o diploma cassado, a defesa recorreu. "A expectativa é de absolvemos ele e revogue a decisão do Cremepe. Inclusive nós temos um documento público juntado dentro do prazo legal", revelou Marques. O advogado, que está no caso desde o dia 22 de novembro, ressaltou ainda que Claudio Amaro Gomes é inocente e não teve nenhuma participação no crime. 

Claudio Amaro Gomes teve prioridade para ser levado ao banco dos réus, por ser o mais velho entre os acusados, conforme prevê o Estatuto do Idoso e também por responder o processo preso, que é critério para encurtar o caminho para o julgamento, que definirá a sua situação legal.

O advogado Daniel Lima, que defende os interesses da família do médico Artur Eugênio, acredita que desta vez os procedimentos serão levados adiante, pois na marcação anterior, no mês de novembro, alguns recursos da defesa impediram a instalação do Tribunal do Juri.

Relembre o caso – Cláudio Amaro Gomes, seu filhos Claudio Amaro Gomes Júnior, Lyferson Barbosa da Silva, Flávio Braz de Souza e Jailson Duarte César foram denunciados pelo Ministério Público pela prática de homicídio duplamente qualificado como responsáveis pela morte do médico Artur Eugênio de Azevedo Pereira, executado com tiros na cabeça e nas costas na noite do dia 12 de maio de 2014, nas margens da BR-101, próximo a Comportas, em Jaboatão dos Guararapes. Ele foi seguido desde o local de trabalho e abordado quando chegava à sua residência, sendo levado ao local onde foi morto. O carro dele foi incendiado na mesma estrada, já no Recife.

Artur e Claudio eram cirurgiões torácicos e trabalharam juntos, até Artur descobrir irregularidades cometidas por Cláudio em procedimentos cirúrgicos no Hospital das Clínicas, passando a ser perseguido, situação que se complicou quando Artur passou a se destacar cada vez mais no cenário médico pernambucano.
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