licitação suspensa

Empresários são procurados pela Polícia por fraude em licitação de merenda no Ipojuca

As investigações começaram após um suposto acidente de carro impedir que uma empresa participasse do pregão. Um funcionário de outra empresa concorrente foi ameaçado de morte

Publicado em: 11/10/2018 15:29

Operação foi conduzida pela delegada Patrícia Domingos, titular da DECASP - Foto: Polícia Civil/Divulgação
A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou uma operação, na manhã desta quinta-feira (11), com objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em fraudes de licitações no estado. As investigações da Castelo de farinha tiveram início no dia 4 de julho, após um suposto acidente de carro impedir que uma empresa participasse da fase de lances de uma licitação para merendas escolares da prefeitura do Ipojuca. 

De acordo com o empresário paraibano Leucio Pereira, um fiat palio branco teria batido na traseira do carro em que ele seguia para o pregão, na sede da prefitura do Ipojuca. Ainda segundo ele, Um dos ocupantes do veículo que teria provocado o acidente estaria muito alterado e dito ao empresário "vocês não vão sair daqui". Em seguida, o homem teria pego os documentos que seriam usados para a licitação, rasgado e jogado no rio.

A licitação, com valor de R$ 22 milhões foi vencida pela empresa Casa de Farinha. No dia dos pregões, um representante de uma empresa do paraná que também iria participar do processo, afirmou que teria sido ameaçado por dois homens dentro do auditório onde ocorreu a licitação. Segundo ele, os homens teriam perguntando se ele iria fazer parte da licitação e, em seguida, o questionado "rapaz, teu patrão de boa agora na piscina e tu aqui correndo risco de vida, tem certeza que vai participar?". O funcionário não deu nenhum lance e esperou o pregão, que foi vencido pela Casa de Farinha, acabar para ir embora.

O Ministério Público de Pernambuco suspendeu a licitação, após as investigações da Polícia Civil e solicitou ao Tribunal de Justiça a prisão temporária dos empresários da Casa de Farinha, Romero Pontual Filho e Nelson Nunes Canniza, além da funcionária Valéria dos Santos Silva. Apenas Valéria foi presa até agora. De acordo com as investigações, a empresa também já tinha algumas irregularidades no Tribunal de Contas, em outros municípios da Região Metropolitana. 
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