Investigação

Mãe e filho acusados de matar médico em Aldeia prestam novo depoimento

Após ouvida na delegacia de Camaragibe, eles seguiram para a casa da família, onde ocorre a reconstituição do crime

Publicado em: 14/09/2018 15:04 | Atualizado em: 14/09/2018 15:16

O médico Denirson Paes foi esquartejado, morto e enterrado num poço no quintal de casa em Aldeia. Imagem: Facebook/Reprodução

Presos desde o dia 5 de julho acusados de matar o médico cardiologista Denirson Paes, de 54 anos, sua esposa, Jussara Rodrigues, 55, e o filho do casal, Danilo Paes, 23, prestaram um novo depoimento ontem, na Delegacia de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Os dois compareceram para prestar esclarecimentos antes da reconstituição do crime, ocorrido em um condomínio de luxo em Aldeia, no último mês de maio.

Ao chegar na delegacia, Danilo apenas pediu: "Deixe-me em paz. Deixe minha vida em paz, por favor". Indiciados por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, ele está recolhido no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel), em Abreu e Lima e Jussara está detida na Colônia Penal Feminina Bom Pastor, no bairro da Ipatinga. Após as ouvidas, os dois seguiram escoltados até o local do crime para participarem da simulação. 

Os acusados foram ouvidos separadamente. O depoimento de Danilo ocorreu na parte da manhã, iniciando às 8h30. De acordo com a Polícia Civil, os dois não se comunicaram. A conclusão da reconstituição deve sair em 30 dias e serve para esclarecer o envolvimento deles na morte de Denirson. No último dia 3 de setembro Jussara confessou ter matado o marido durante depoimento dado à delegada responsável pelo caso, Carmen Lúcia. 

No dia 4 de julho foram encontrados os primeiros restos mortais de Denirson no poço do condomínio. No dia 20 de junho que Jussara havia registrado Boletim de Ocorrência informando que o marido havia viajado para o exterior e não havia voltado. Desde então, a Polícia Civil começou a investigar o caso através de um mandado de busca e apreensão na residência da vítima. No dia 5 de julho foram cumpridos os mandados de prisão temporária. Em agosto, o Instituto Médico Legal (IML) constatou que o médico foi morto por esganadura e as investigações apontaram como motivação para o crime uma relação extraconjugal mantida por Denirson. 
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