Meio Ambiente

Ato em defesa das baleias e golfinhos em Fernando de Noronha

Fernando de Noronha oferece abrigo a golfinhos-rotadores e conta ainda com a visita sazonal de baleias-jubartes

Publicado em: 18/09/2018 11:52 | Atualizado em: 18/09/2018 11:56

Imagem: Divulgação

Enquanto integrantes da Comissão Internacional Baleeira reafirmavam, em Florianópolis, a moratória à caça comercial de baleias, em vigor desde 1986, moradores e visitantes de Fernando de Noronha realizaram um ato em prol desses cetáceos, organizado pelo Projeto Golfinho Rotador. Um cordão humano em forma de cauda de baleia propiciou belas imagens aéreas capturadas pelo fotógrafo Chico Bala na Praia da Conceição, de onde o grupo partiu para uma “remada”, iniciativa mundial da ONG australiana Surfers for Cetaceans, capitaneada na ilha pelo Projeto.

“Foi emocionante o momento da foto da cauda da baleia”, descreve Rafael Pinheiro, pesquisador do Projeto Golfinho Rotador. Ele relata que, após serem esclarecidos sobre os motivos da ação, os participantes se envolveram ainda mais com a causa. “Com a “remada”, consolidamos nosso compromisso, respeito e admiração pelas baleias e golfinhos.”
A celebração aos cetáceos ocorreu no último dia 12 e integrou as comemorações dos 30 anos de criação do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e 28 anos de criação do Projeto Golfinho Rotador.

A ONG Centro Golfinho Rotador é responsável pela execução do projeto, que tem coordenação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/Ministério do Meio Ambiente (ICMBio) e patrocínio oficial da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal.

O ato em prol dos cetáceos começou com um café da manhã oferecido pela Pousada Teju Açu e músicos locais. Mais de setenta pessoas estiveram presentes na ação de sensibilização sobre a situação das baleias e golfinhos. O evento contou com o apoio do Noronha Canoe Clube, Noronha Vaa, ASFN, Alma Solar Noronha, Biapó, EcoNoronha, Casa do Doca e Água Cacimba do Padre.

Fernando de Noronha oferece abrigo a golfinhos-rotadores e conta ainda com a visita sazonal de baleias-jubartes.
Para o coordenador do Centro Golfinho Rotador, José Martins, a manutenção da moratória à caça comercial é uma conquista, embora, mais uma vez, a proposta de criação de um santuário de baleias no Atlântico Sul tenha sido rejeitada.

Há dez anos pesquisadores e ambientalistas tentam estabelecer a proibição da caça nessa área. A proposta brasileira alcançou a maioria dos votos válidos, 60%, com 39 a favor, 25 contra e 3 abstenções, além de 2 ausências, mas ficou abaixo da proporção de 75%, o necessário para aprovação.

Essa foi a primeira vez que a Comissão Baleeira Internacional (IWC, na sigla em inglês) realizou no Brasil sua reunião plenária, que ocorre a cada dois anos. O encontro ocorreu em Florianópolis, entre os dias 9 e 14.

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