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Justiça

Júri dos acusados de tentar matar Paulo Sperança deve se estender por esta quinta-feira

Ana Zanforlin, viúva do professor, e acusada de ser autora intelectual do crime, começou a ser interrogada na noite dessa quarta

Publicado em: 23/05/2018 19:41

O júri dos acusados de tentar matar, em dezembro de 2009, o professor de odontologia Paulo Augusto Sperança deve se estender por esta quinta-feira. A sessão acontece desde a manhã desta quarta, no Fórum Tomás de Aquino, no bairro de São José, no Recife. Estão no banco dos réus a viúva da vítima, a psicopedagoda Ana Terezinha Zanforlin Sperança e a advogada Adriana Lima de Castro, co-autora intelectual da tentativa de homicídio, além do acusado Júlio Alves Teixeira Neto. 
 
Paulo Sperança sofreu um atentado a tiros nove meses antes de ser assassinado a facadas no dia 7 de agosto de 2010, na garagem de casa, no bairro dos Torrões. Segundo investigação policial e denúncia feita pelo Ministério Público de Pernambuco, o crime foi planejado por Ana Terezinha, que tinha a intenção de ficar com o dinheiro do seguro de vida no valor de R$ 120 mil e uma pensão de R$ 15 mil. Adolfo Berto Soares receberia como pagamento pelo crime uma casa e R$ 5 mil e José Amaro Souza Filho, um som no valor de R$ 2 mil e uma aposentadoria. Aldofo e José Amaro foram considerados culpados pelo crime de homicídio duplamente qualificado. 
 
Ana Zanforlin e Adriana foram condenadas, mas recorreram da sentença no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, e aguardam o julgamento em liberdade. Ana e Adriana, assim como Júlio estão presentes no júri desta quarta-feira. Parentes de Paulo Sperança aguardam ansiosos pela sentença. "A gente espera por esse resultado há oito anos. Eu estava no Rio de Janeiro, quando recebi no dia dos pais, a notícia de que meu irmão havia sido assassinado", recordou a irmã do professor, Fátima Sperança. 
 
O júri é acompanhado pelo juiz Abner Apolinário, titular da 4ª Vara. A delegada Silvana Lelys, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investigou caso, prestou depoimento por quase toda a manhã desta quarta-feira. O réu Júlio Teixeira Neto passou três horas sendo interrogado durante à tarde. Nesse momento, está sendo ouvida a viúva do professor, Ana Zanforlin. Segundo o juiz Abner Apolinário, ainda deve prestar depoimento na noite desta quarta, a acusada Adriana Castro. O magistrado informou que o interrogatório deve terminar por volta da meia-noite, quando então os trabalhos serão suspensos. A sessão será retomanda nesta quinta, a partir das 9h.
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