COLUNA

Sinais de autismo em adultos

Distúrbio neurológico afeta o desenvolvimento cerebral e atinge indivíduos no nascimento ou nos primeiros anos de vida

Publicado em: 30/04/2024 10:25

 (Foto: Freepik)
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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas no mundo possuem TEA, Transtorno do Espectro Autista, também conhecido como autismo. É um distúrbio neurológico que afeta o desenvolvimento cerebral e atinge indivíduos no nascimento ou nos primeiros anos de vida. 

Em geral é reconhecido  na infância, mas há muitos adultos que não foram diagnosticados e que convivem e/ou sofrem com os sintomas do autismo. Estes são alguns sinais comuns observados em adultos:
 
  • Dificuldade na interação social: Dificuldade em manter conversas, interpretar pistas sociais, fazer contato visual adequado, compreender emoções e expressões faciais, ou estabelecer relacionamentos próximos.
  • Comunicação atípica. Dificuldade em iniciar e manter conversas, interpretar linguagem corporal e linguagem não verbal, compreender sarcasmo, ironia ou linguagem figurativa, ou adotar um tom de voz monótono.
  • Interesses restritos ou fixação incomuns e intensos por tópicos específicos, como colecionar objetos incomuns, foco em detalhes minuciosos, ou aderência rígida a rotinas ou rituais específicos.
  • Sensibilidades sensoriais a estímulos sensoriais, como ruídos altos, luzes brilhantes, texturas de alimentos ou toques leves, podendo resultar em reações intensas ou evitamento.
  • Dificuldades na mudança de rotina. Resistência a mudanças, necessidade de seguir rotinas predefinidas e dificuldade em se adaptar a situações imprevistas.
  • Hipersensibilidade ou hipossensibilidade emocional. Pode haver dificuldade em expressar ou reconhecer emoções em si ou nos outros, ou reações emocionais incomuns.
  • Habilidades motoras diferentes. Pode haver dificuldades com habilidades motoras finas ou grossas, como coordenação motora, equilíbrio ou movimentos estereotipados.

As causas exatas do autismo ainda não são totalmente compreendidas, mas há uma grande variedade de fatores de risco inespecíficos. Os principais são: idade parental avançada, baixo peso ao nascer ou exposição fetal a ácido valproico (uso durante a gestação). 

Estimativas de herdabilidade para o transtorno do espectro autista variam de 37% até mais de 90%. Atualmente, até 15% dos casos de transtorno do espectro autista parecem estar associados a uma mutação genética. 

DIVULGADO O RELATÓRIO ANUAL SOCIOECONÔMICO DA MULHER 
 
 (Foto: Freepik)
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O Ministério das Mulheres divulgou em abril de 2024, dados produzidos a partir de 2020, referentes ao perfil das brasileiras, no Relatório Anual Socioeconômico da Mulher, que foi retomada depois de quatro anos.

De acordo com o levantamento, as mulheres são maioria no Brasil, em uma proporção de 100 para cada 94 homens. Ainda assim, em algumas áreas, como postos de trabalho, cargos de liderança, no esporte e na política, elas ainda estão em minoria. No Congresso Nacional, por exemplo, 95% dos líderes partidários na Câmara dos Deputados e 78% no Senado são homens. No esporte, na Olimpíada de Tóquio, em 2020, dos 105 técnicos, apenas sete eram mulheres. 

A desigualdade também se reflete no espaço do lar. Os dados mostram que, em 2022, as mulheres dedicavam, em média, 21 horas por semana aos afazeres domésticos ou cuidados de pessoas, enquanto os homens destinavam apenas 11 horas semanais.

De acordo com a Agência Brasil O relatório mostra ainda que houve aumento na autodeclaração nas mulheres pretas e pardas em 2022, na comparação com 2010, passando de 7,2% para 9,7% entre as negras e de 42,5% para 44,8% entre as pardas. 
Para a elaboração do relatório foram coletadas informações do IBGE, do Inep, do Tribunal Superior Eleitoral e demais ministérios. As informações foram compiladas pelo Observatório Brasil da Igualdade de Gênero.

COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES NOS PONTOS DE ÔNIBUS
 
 (Foto: Freepik)
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A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei, que prevê ações de combate a casos de assédio, abuso e violência contra mulheres nos pontos de ônibus, especialmente no período noturno.

Foi aprovado o substitutivo da relatora, deputada Dayany Bittencourt (União-CE), para o projeto de lei 3673/23, do deputado Leo Prates (PDT-BA), e um apensado. O texto aprovado cria o Programa Ponto de Ônibus Guarnecido, que prevê:

  • o levantamento dos pontos de ônibus em áreas de maior risco para o público feminino.
  • a instalação de equipamentos eletrônicos de monitoramento e comunicação com agentes de segurança nos locais de maior risco.

Segundo a Agência Câmara de Notícias, o serviço deverá funcionar nos horários noturnos de maior risco e constar do edital de concessão do transporte público. O atendimento remoto, preferencialmente por meio de telas interativas, deverá contar com pessoal treinado para lidar com situações de risco e violência contra a mulher. Deverão ser fornecidas informações sobre direitos, serviços e apoio.%u2028         

O texto aprovado altera ainda a Política Nacional de Mobilidade Urbana para prever medidas para garantir a segurança de mulheres que circulam pelo espaço urbano, com especial atenção para:

  • a divulgação de materiais educativos;
  • o estímulo à criação de canais de atendimento e suporte para mulheres em situação de vulnerabilidade;
  • o mapeamento das áreas com maior índice de violência, identificando os locais de maior risco para a implementação de ações de prevenção e campanhas de conscientização;
  • o fomento de políticas que aumentem a segurança do transporte público, especialmente no período noturno; e
  • a instalação de telas interativas em pontos de ônibus com câmeras de segurança e tecnologia de videochamadas, permitindo que mulheres tenham acesso a serviço de atendimento e acompanhamento em tempo real.

O texto modifica ainda o Estatuto Geral das Guardas Municipais. Assim, as corporações terão a obrigação de realizar ações preventivas nos pontos de ônibus, de forma a colaborar com a segurança e o acolhimento das mulheres no espaço urbano.%u2028            

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Viação e Transportes; de Desenvolvimento Urbano; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
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