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DESAPARECIDA

Polícia Civil investiga desaparecimento de grávida

Ana Irys Cavalcante, de 27 anos, grávida de cinco meses, saiu de casa na última quarta-feira (11) para receber uma encomenda do pai da criança, que está preso

Publicado em: 18/04/2018 12:15 | Atualizado em: 18/04/2018 15:19

Família não sabia sobre a gravidez de Ana, tão pouco do relacionamento da jovem com um detento. Foto: Reprodução / Facebook

Sete dias se passaram desde que Ana Irys Cavalcante, de 27 anos desapareceu. Grávida de cinco meses, saiu de casa na última quarta-feira (11) para receber uma encomenda do pai da criança, que está preso. O dinheiro serviria para comprar o enxoval e o berço do bebê, que segundo a mãe de Ana, Deisy Lopes, é uma menina. Segundo familiares, ela foi vista pela última vez na 4ª etapa de Rio Doce, bairro de Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Na ocasião, ela teria encontrado com duas mulheres, responsáveis por entregar o dinheiro enviado pelo suposto pai da criança. Ninguém sabe, até o momento, quem seriam as duas mulheres com quem Ana Irys foi se encontrar. A Polícia Civil estaria auxiliando nas buscas. 

Para se deslocar até o local em que receberia o dinheiro, Ana Irys solicitou um Uber. O ponto de encontro seria o Jacarezinho, em Campina do Barreto, localizado na Zona Norte do Recife. O motorista do aplicativo conseguiu gravar a fisionomia de uma das mulheres. De acordo com Deysi Lopes, a filha teve que descer do carro e acompanhar as mulheres até a casa de uma delas porque a quantia de mil reais que deveria ser entregue não estava em mãos. “O rapaz do Uber contou pra gente que em menos de cinco minutos ligou pra ela, mas o celular já estava desligado. Ele ficou preocupado porque a localização é perigosa. Desde então o celular dela não pega e ninguém sabe onde ela está”, contou. 

A família não sabia sobre a gravidez de Ana, tão pouco do relacionamento da jovem com um detento. A mãe de Irys conta que soube de tudo quando a bomba estourou. “Parece que o rapaz está preso faz mais de um ano e que o relacionamento deles dois tem mais ou menos isso de tempo”, explica. O sumiço da jovem foi notado pela tia com quem ela mora, no bairro da Estância, na Zona Oeste. A suspeita do desaparecimento surgiu porque Ana não foi buscar a filha mais nova, de 3 anos. De uma hora da manhã, a família passou a ligar para Ana. Na quinta-feira pela manhã, a irmã dela, Rafaela Lopes, de 25 anos, tentou contato, mas sem sucesso. “Na quinta de noite tentamos ligar mais uma vez e foi aí que a gente percebeu que ela estava desaparecida. Ela nunca foi de ficar com o celular desligado, vivia sempre online e na mesma hora respondia”, desabafou a mãe.

Na sexta-feira, a família se juntou para fazer um Boletim de Ocorrência sobre o desaparecimento da jovem. Desde então passaram a fazer rondas constantes em hospitais e no Instituto de Medicina Legal (IML), em busca de algum indicativo sobre o paradeiro de Ana, mas ninguém com as características da jovem apareceu. Com os cabelos ruivos, em um dos braços tem tatuado o nome do filho mais velho, de sete anos, ‘Caio’, e em outro, ‘Clara Sofia’. No peito, uma rosa tatuada e uma fênix nas costas. Na perna, uma outra tatuagem e no peito uma rosa. 

Desde o sumiço, muitas pessoas entraram em contato com a família para dar notícias sobre possíveis locais em que ela foi vista. “Em são Lourenço muita gente disse que a viu e deu comida. Decidimos ir para lá checar”, conta Deysi. Nesta quarta-feira (18), a mãe da jovem desaparecida segue com as buscas particulares. Um amigo da família, que trabalha em uma gráfica, se prontificou para fazer cartazes. O rosto de Ana Irys vai estampar os postes do percurso que liga De Rio Doce até São Lourenço. Enquanto isso, a família espera o retorno da jovem. 

A Polícia Civil de Pernambuco instaurou um inquérito para apurar o desaparecimento de Ana Irys. A insvestigaçaõ está sendo comandada pelo delegado titular de Rio Doce, Carlos Brabosa de Lima. Os parentes da jovem e testemunhas já foram ouvidas. As câmeras de vigilância do da terceira etapa de Rio Doce, em Olinda, onde ela foi vista pela última vez, foram mapeadas. O andamento da investigação não será divulgado para não comprometer as investigações.  

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