Voluntariado

Doutores da Alegria está com seleção aberta para palhaços no Recife

As inscrições podem ser feitas dessa terça-feira, dia 10, a 30 de abril, por profissionais de Artes Cênicas com prática na linguagem do palhaço. Edital está disponível no site da instituição

Publicado em: 09/04/2018 07:47 | Atualizado em: 09/04/2018 07:57

Doutores da Alegria vão fazer uma seleção de palhaços para compor o elenco pernambucano: quatro profissionais serão escolhidos para entrar no grupo. Desde 2010, não havia seleção de elenco no Recife. Foto: Divulgação

Como faço para ser palhaço dos Doutores da Alegria? Essa é uma das perguntas mais frequentes nas redes sociais da instituição. O que talvez muita gente não saiba é que todos os “besteirologistas” que trabalham nos Doutores da Alegria são profissionais de Artes Cênicas, com prática na linguagem do palhaço. Candidatos com esses pré-requisitos poderão se inscrever para a seleção que irá escolher quatro integrantes para compor o elenco na cidade do Recife. As inscrições estarão abertas de a partir dessa terça-feira, dia 10, a 30 de abril. A última vez em que houve seleção na capital pernambucana foi em 2010.

Atualmente, a unidade Recife dos Doutores da Alegria conta com nove artistas. Eles se dividem em duplas que atuam duas vezes por semana em quatro hospitais: Hospital Barão de Lucena (HBL), Hospital da Restauração (HR), Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC)/Procape e Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP). Às sextas-feiras, os palhaços realizam treinamentos em conjunto. Os Doutores da Alegria não
trabalham como voluntários: os profissionais são remunerados.

“O hospital é um ambiente adverso para o ator que está acostumado com o palco do teatro ou mesmo com as ruas. A nossa plateia, a criança hospitalizada, o seu acompanhante, o médico, a enfermeira, eles não estão ali esperando uma interação com os palhaços. Por isso mesmo, o nosso desafio é grande. Como podemos intervir no ambiente hospitalar,
aproveitando as circunstâncias e potencializando o encontro com o palhaço? Esse é o nosso questionamento diário”, explica Arilson Lopes, coordenador artístico da unidade Recife dos Doutores da Alegria, conhecido nos hospitais como Dr. Ado.

Para se inscrever no processo de seleção, é preciso ter mais de 18 anos e possuir DRT de ator ou de palhaço. Entre os critérios observados estão experiência artística e a compatibilidade com o trabalho no hospital. O processo contará com algumas etapas: análise curricular, oficina de seleção, teste prático no hospital e entrevista.

Os candidatos devem enviar para o e-mail editalrecife@doutoresdaalegria.org.br:  currículo resumido; fotos com e sem caracterização como palhaço; trechos em vídeo de atuações em teatros ou espaços públicos; ficha de inscrição e carta de intenção já disponíveis para download no site oficial www.doutoresdaalegria.org.br. O resultado será publicado no dia 11 de junho, no site do Doutores da Alegria.

Em paralelo ao Recife, a unidade de São Paulo (SP) também realizará um processo seletivo nos mesmos parâmetros, que resultará na contratação de seis artistas para o elenco local. Os participantes precisam escolher em qual cidade desejam atuar, sendo vetada a inscrição nas duas seleções. 

Sobre Doutores da Alegria:

Organização da sociedade civil sem fins lucrativos que utiliza a arte do palhaço para intervir junto a crianças, adolescentes e outros públicos em situação de vulnerabilidade e risco social em hospitais públicos e ambientes adversos.  Fundada por Wellington Nogueira em 1991, a associação já realizou mais de um milhão de visitas a crianças hospitalizadas, seus
acompanhantes e profissionais de saúde.

A partir das intervenções em hospitais, Doutores da Alegria amplia canais de diálogos reflexivos com a sociedade, compartilhando o conhecimento produzido através de formação, pesquisa, publicações e manifestações artísticas, contribuindo para a promoção da cultura e da saúde e inspirando políticas públicas.

Desde 2016 a associação se reposiciona institucionalmente a partir de uma nova governança e uma nova tarefa institucional, propondo a arte como mínimo social, ou seja, como uma das necessidades básicas para o desenvolvimento digno do ser humano, assim como alimentação, saúde, moradia e educação. O trabalho é gratuito para os hospitais e mantido por doações de empresas e de pessoas.
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