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Segunda fase da Operação Gênesis cumpre mandados na Mata Sul e Agreste

Ação investiga desvio de recursos públicos e irregularidades em licitações em cidades do interior. Foco principal é a cidade de Catende

Publicado em: 16/02/2018 09:06 | Atualizado em: 16/02/2018 09:30

Foco principal é a cidade de Catende . Foto: MPPE/Divulgação

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) deu início, na madrugada desta sexta-feira à segunda fase da Operação Gênesis. Deflagrada em dezembro do ano passado, a ação investiga desvio de recursos públicos e irregularidades em licitações em cidades do interior do Estado. Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos em três municípios da Zona da Mata Sul e do Agreste: Catende, Iati e Garanhuns. 

A Operação Gênesis 2 foi desencadeada pelo Grupo de Apoio Especializado de Enfrentamento às Organizações Criminosas do MPPE (Gaeco/MPPE), com o apoio operacional da Polícia Civil. Ao todo, participam da investida 42 agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, além de 12 servidores e membros do Gaeco.

O foco principal desta fase da Operação Gênesis é a cidade de Catende, na Zona da Mata Sul, a 115 quilômetros do Recife, onde houve busca e apreensão de documentos, notas fiscais, procedimentos licitatórios e computadores no prédio sede da Prefeitura e na Secretaria de Saúde, ambas localizadas na Praça Costa de Azevedo. Foi preciso o uso de aríete, alicate, pé de cabra e marreta para abrir portas e armários trancados com cadeados. Também em Catende, a sede da empresa Rodocar foi alvo de busca e apreensão. Em Garanhuns e Iati, o alvo foram vistoriadas as sedes da empresa Rodocar.

De acordo com o coordenador do Gaeco, procurador de Justiça Ricardo Lapenda, o grupo que atua burlando processos licitatórios nas cidades alvo da Operação Gênesis desviou R$ 18 milhões dos cofres da Prefeitura de Quipapá, também na Mata Sul, onde o Ministério Público de Pernambuco desarticulou um esquema criminoso em 14 de dezembro, na primeira fase da operação. De acordo com Lapenda há pelo menos sete empresas de fachada envolvidas. O promotor de Justiça Frederico Magalhães adiantou que o MPPE vai continuar agindo com cautela e sem dar maiores detalhes para não atrapalhar as investigações.

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