Protesto

Cegonheiros voltam às ruas do Recife e realizam carreata

Publicado em: 22/02/2018 12:35 | Atualizado em: 22/02/2018 20:44

Seis meses após deixarem as ruas do centro do Recife, onde permaneceram por 18 dias em protesto contra a contratação de profissionais de outros estados no escoamento da produção da montadora Jeep, em Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco, os cegonheiros realizaram uma carreata na manhã desta quinta-feira.

A manifestação se concentrou nas imediações do Centro de Convenções, em Olinda, seguindo em direção ao Aeroporto Internacional dos Guararapes, no bairro da Imbibeira, Zona Sul do Recife. Agentes da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) acompanham o percurso, realizando o monitoramento do tráfego de veículos.

No dia 10 de agosto do ano passado teve início a manifestação da categoria no centro do Recife. Os manifestantes alegavam que cerca de 900 motoristas de outros estados, como São Paulo e Minas Gerais atuam no escoamento da fábrica, enquanto 120 profissionais locais estariam preparados para realizar o trabalho.  A categoria pedia que 78% do serviço utilize a mão de obra local. Das ruas do centro o protesto migrou para a Avenida Boa Viagem e depois para a frente da Fiat.

Em setembro do ano passado, os cegonheiros que haviam transferido o protesto para a rodovia federal BR-101, entre os kms 13 e 15, nas imediações da fábrica da Jeep, em Goiana, na Mata Norte, foram ordenados pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, através do juiz da Comarca de Goiana, a deixarem o local. A liminar entregue aos dirigentes do movimento solicitando a retirada dos cerca de 38 caminhões-cegonha que se encontravam parados no local sob pena de cobrança de multa será de R$ 20 mil por dia. A Justiça alegou que a permanência dos transportes desrespeitava a legislação de trânsito e prejudica a mobilidade, inclusive, podendo ocasionar acidentes, em razão da ausência de acostamento, que está ocupado irregularmente.

O pedido foi impetrado pela Sada Transportes e Armazenagens S/A contra José Milton de Freitas, falso representante do Sindicato dos Trabalhadores Autônomos e Microempresas de Veículos e Congêneres de Pernambuco (Sintraveic-PE), e outros motoristas de caminhões-cegonha, para impedir a continuação do movimento grevista.

Para o Tribunal de Justiça, a medida não discutia o direito do exercício de greve, previsto constitucionalmente, mas apontava possíveis indícios de transtornos e baderna por parte dos representantes do movimento, sendo a ação necessária para impedir que o movimento perturbe as atividades da indústria.

Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL