Refugiados

Duas mulheres e criança iraquianas com passaportes falsos vão receber asilo no Recife

O pedido de refúgio foi encaminhado para o Comitê Nacional para os Refugiados

Publicado em: 03/01/2018 12:14 | Atualizado em: 03/01/2018 12:21

Mãe, filho e amiga iraquianas alegaram fugir dos conflitos em seu país. Foto: Polícia Federal/Divulgação

O Governo de Pernambuco informou que vai abrigar as duas mulheres e a criança iraquianas que entraram com pedido de refúgio no Brasil. Elas foram impedidas de embarcar para a Espanha, no último domingo, ao tentar viajar com passaportes falsos, no Aeroporto do Recife. 
 
De acordo com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), eles serão recebidos pela comunidade Obra de Maria, no bairro da Várzea, até conseguirem o parecer de asilo. O pedido foi encaminhado para o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), órgão responsável por analisar os pedidos e declarar o reconhecimento, em primeira instância, da condição dos refugiados.

Em depoimento prestado à Polícia Federal, Eida Haji, 28, e Majida Shammo, 22, afirmaram que pretendiam buscar asilo na Europa e fugir do cenário de conflitos em seu país, onde perderam parentes e não tinham emprego. Elas tentavam embarcar com passaportes falsos israelenses. De acordo com as duas mulheres, que não traziam nenhum documento além da falsificação, todos os dados são verdadeiros, exceto a origem. As estrangeiras afirmaram ser difícil conseguir asilo na Europa na condição de iraquianas e optaram por tentar entrar no país como israelenses.

Os passaportes falsos teriam sido produzidos na Turquia e comprados por Majida, no valor de US$ 100 para cada um, no caso dos adultos, e US$ 50 para a falsificação para a criança. As duas adultas e a criança estavam no Brasil desde o dia 25 de dezembro e haviam chegado pelo Rio de Janeiro. 
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